Diretor diz que vírus Influenza é principal hipótese para morte de 7 pacientes em 9 dias no Hospital Vila São Cottolengo

O diretor técnico do Hospital Vila São Cottolengo, Sandro Albino, disse que uma contaminação pelo vírus Influenza é a principal causa da morte de sete pacientes nos últimos nove dias. A instituição filantrópica, que cuida de pessoas com deficiência e está situada em Trindade, na Região Metropolitana de Goiânia, também contabilizou 51 pacientes doentes nos últimos 20 dias.

Exames estão sendo feitos Vigilância Epidemiologia de Trindade, mas para confirmar as reais causas das mortes. No entanto, os laudos ainda não foram finalizados. Para o diretor, está descartado o tipo H1N1 de Influenza – ele afirma que todos os pacientes são imunizados.

"A principal hipótese é uma transmissão viral e, a princípio, ainda como hipótese, seria o vírus da Influenza. Mas não descartamos uma bactéria multirresistente ou dengue com algum tipo de sequela mais severa", afirma Sabino.

Outros tipos de influenza são a H3N2 e a B. No Brasil, a cepa H3N2 foi responsável pela maior parte das infecções em 2017, segundo informações da Sociedade Brasileira de Imunizações.

O diretor afirmou ainda que alguns servidores também adoeceram, mas nada que representasse uma situação mais complexa. "Nós não tivemos nenhum funcionário em estado grave. Tivemos atendimento em alguns funcionários com quaro gripal comum”, destaca.

Em nota, a assessoria de comunicação do hospital informou que quatro pacientes estão internados no Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo) e que um quinto já foi regulado e também será encaminhado à unidade.

Hospital Vila São Cottolengo trata 365 pacientes, em Trindade (Foto: TV Anhanguera/Reprodução)

Destes, o diretor salienta que um já teve melhora e deve ter alta nos próximos dias. Outros três seguem entubados, mas com quadro estável.

Ainda conforme o comunicado, outros três que estavam isolados na própria Vila já receberam alta e voltaram às suas alas de origem.

Por fim, o texto destaca que a situação não é tratada como um surto e que as visitas estão liberadas, exceto a ala onde estão os pacientes doentes.

Precaução

A Vila São Cottolengo atende, de forma integral, cerca de 365 pacientes que se encontram em vulnerabilidade social. Além disso, promove, por dia, cerca de 2,4 mil atendimentos ambulatoriais e educacionais.

Para evitar novas infecções, foi feito um pedido reforçando a necessidade de se higienizar as mãos, usar álcool espuma e os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs).

Foi solicitado ainda que os colaboradores foram solicitados para evitar a circulação desnecessária nas unidades e setores que não correspondem ao local de trabalho.

Fonte: G1