Polícia Civil não descarta guerra de facções após mortes em Natal

A Delegacia Geral de Polícia Civil do Rio Grande do Norte (Degepol) não descarta que uma guerra de facções tenha resultado na morte de seis pessoas no bairro de Felipe Camarão, na Zona Oeste de Natal.

Durante uma coletiva de imprensa realizada na manhã desta segunda-feira (16) para falar sobre os 25 homicídios registrados no Estado, no entanto, a Degepol também afirmou que ainda é cedo para apontar motivações ou uma motivação comum para todos os homicídios.

De acordo com o delegado geral adjunto da Degepol, Adson Kepler, ainda é cedo para apontar as motivações dos homicídios registrados em Felipe Camarão. "Com relação a Felipe Camarão, ainda é muito cedo para se falar em uma guerra de facção, uma guerra por pontos de droga. Houve um homicídio de um policial que já está sendo investigado desde sábado, já ouvimos testemunhas, mas é muito cedo para se falar em retaliação", disse o delegado, em entrevista ao RN TV 1ª edição.

Ainda de acordo com o delegado, fazendo um comparativo entre dados de 2013 e 2014, o número de homicídios deste final de semana é um caso atípico, não sendo possível relacionar em um primeiro momento estes casos à uma guerra de facções.

"Uma investigação é um procedimento complexo, sério, que demora no mínimo 30 dias quando não é um caso de alta complexidade. Uma polícia investigativa não pode dizer que é uma guerra de facções ou que é uma ação de vingança em apenas dois dias", disse o delegado.

Mortes

Seis pessoas foram assassinadas e cinco feridas a tiros na tarde deste domingo (15) em Felipe Camarão, bairro da Zona Oeste de Natal. De acordo com a Polícia Militar, quatro dos assassinatos aconteceram em um intervalo de apenas 15 minutos. Três das vítimas morreram na hora. Uma quarta, a caminho do hospital. Ninguém foi preso.

O primeiro assassinato aconteceu na travessa Santa Isabel. O alvo foi Marcone Linhares Silva do Nascimento, de 34 anos, que estava na calçada preparando um churrasco quando foi atingido por oito tiros. Outras cinco pessoas que estavam na mesma rua foram baleadas. Segundo a PM, os suspeitos estavam em um carro de cor branca.

Poucos minutos depois, foram assassinados Leandro Pereira de Oliveira, de 22 anos, e o adolescente Jonatha Adriano Faustino, de 16 anos. Eles foram mortos na rua Santa Fé. A quarta morte foi confirmada no início da noite de domingo. Um homem, ainda não identificado, morreu a caminho do Pronto-Socorro Clóvis Sarinho.

Fonte: G1