No dia 06 de Novembro de 2015, os
vereadores do município de Itaú em sessão plenária, aprovou o projeto de Lei
09/2015 de iniciativa do Poder Executivo dispondo da denominação da nova
Unidade Básica de Saúde (UBS) do Bairro Nossa Senhora das Dores de
Arlinda Maia
de Lima (Mãe Arlinda) anexa ao projeto sua biografia (ver no final da matéria). O projeto de Lei seguirá para sanção do prefeito municipal.
A família de Mãe Arlinda, ficou bastante
feliz e gratificada com a homenagem recebida pelo Prefeito Ciro Bezerra em
nomear a nova Unidade Básica de Saúde com o nome da Sra. Arlinda Maia de Lima,
fato esse marcante em 2016, pelo fato da mesma se hoje estivesse viva teria
completado seus 100 anos de vida. A aprovação do projeto com certeza ficará na
lembrança de todos os familiares que lembraram desses cem anos com alegria.
BIOGRAFIA
ARLINDA MAIA DE LIMA
(1915 – 1984)
Arlinda Maia De Lima, nasceu em 12 de
outubro de 1915, no sítio Tigre no município de Portalegre-RN, filha de José
Ferreira de Lima (Agricultor e pescador) e de Maria Francisca do Amor Divino
(doméstica e parteira), Filha mais velha entre 9 irmãos, logo ficou órfão de
Mãe, e teve que assumir a responsabilidade da casa e cuidar dos irmãos mais
novos, com apenas 13 anos de idade.
No
ano de 1930 veio em companhia do seu pai e os irmãos, morar no município de
Itaú RN; Em 1935 aos 20 anos de Idade, casou-se com José Tomás de Oliveira
(Agricultor, pedreiro, ferreiro e Marceneiro), Além de trazer alguns irmãos
mais novos em sua companhia, assumiu também a responsabilidade de doméstica,
onde cuidou dos afazeres diários, prestando serviços voluntários em festas e eventos
da cidade, cozinhando para muitas famílias, como festa de noivados, casamentos,
batizados, etc., também era costureira, prestando serviços de corte e costura
para a comunidade, aumentando a renda da família, além dos irmãos que ela
cuidava, gerou 12 filhos e adotou três.
Por
volta dos anos de 1955 e 1956 assumia mais uma profissão, a de parteira, onde
procurou acompanhar as parteiras da época, (Maria Cabocla, Mãe Eduvirgem e Mãe
Dália) aprendendo as técnicas, as quais levaram aos partos bem sucedidos para
aquela situação de carência, tendo que usar todo o conhecimento possível para
fazer um parto bem sucedido, sempre atenta, não deixando escapar nada do seu
alcance, foi quando em uma ocasião oportuna, mesmo sendo analfabeta, se
deslocou a Natal a procura de especialização em partos, incentivada pela
enfermeira Albaniza Diógenes, participou de um curso de parteiras, pensando em
trazer sempre o melhor para os partos realizados, não media esforços em
percorrer o município montada a cavalo, enfrentando o sol escaldante do nosso
sertão ou pela noite e madrugada adentro, com chuvas ou não, sempre procurou
ajudar as Mulheres da região, à dar a luz, procurando fazer sempre o melhor que
estivesse ao seu alcance, tentando garantir a vida e a segurança das mães e das
crianças nos partos realizados, onde
rendeu o título carinhosamente dos quais foram aparados por ela, de Mãe
Arlinda, exercendo esta função de parteira até os anos de 1976.
Mulher aparentemente frágil, pela massa
corporal física sempre magra e estatura baixa, mais guerreira e determinada,
que mesmo no leito da morte, mostrou exemplo de fé, (marcando a Missa de
aniversário, a qual lhe serviu de Missa de Mês de falecimento), mulher de fibra
e coragem, demonstrando lucidez e controle das suas vontades, com raciocínio
lúcido, até minutos antes de sua morte.
Arlinda Maia de Lima faleceu um mês antes
de completar 69 anos de idade, no dia 12 de setembro de 1984.
Biografia escrita por Tomé Edson
Arlindo Maia da Redação do Cidade News
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