quarta-feira, abril 15, 2015

Nero chega para não mudar

 http://cidadenewsitau.blogspot.com.br/Amanhã, o comando do futebol brasileiro muda de mãos.
Mas muda mesmo?
O  que esperar da CBF sob nova
direção?

Nada, ou quase nada.

Mudanças mesmo só as cosméticas.

Sai Marin, que fica na primeira vice-presidência caso Nero venha a faltar.

Entra Nero, que estava no lugar de Marin caso ele viesse a faltar, e ocupa seu posto, apesar de ele não ter faltado.

Na verdade, faltou.

Faltou ter um mínimo de competência.

Marin vai embora sem ter realizado o sonho de posar ao lado da taça do hexacampeonato, mas, verdade seja dita, garantiu seu lugar na história: será eternamente o presidente do 7 a 1, da medalha embolsada etc etc etc.

A extrema-direita segue no poder na CBF.

Nero, quando estudante de Direito no  Mackenzie, nos tempos da ditadura, era do CCC, o Comando de Caça aos Comunistas.

Menos radical que Marin, no entanto, Nero tem sido capaz de se cercar de quem já foi de esquerda, como seu sócio e deputado federal petista Vicente Cândido, além de ter feito secretário-geral da CBF o ex-membro do PCdoB, ex-tucano, ex-marineiro, Walter Feldman.

A herança que Marin deixa para seu sucessor é mais pesada que a deixada para Marin por Ricardo Teixeira.

Se Teixeira teve de sair correndo da CBF em direção à Boca Raton, ao menos sua Seleção jamais havia levado uma surra como a que o time de Marin levou da Alemanha, para escárnio mundial.

Teixeira, por sinal, foi paulatinamente esvaziado depois que se mandou do país, mas há quem garanta que ele ainda manda.

Nero lhe foi útil quando sua gestão agonizava e hoje se aproveita da generosidade que sempre alguém está disposto a fazer, parceiros de Teixeira inclusive, para quem senta no trono.

Se Marin não foi eleito para assumir a CBF, seguindo sua tradição de jamais se eleger para nenhum cargo executivo em eleições majoritárias (foi governador biônico de São Paulo, como sucessor com mandato tampão de Paulo Maluf), Nero chega ao trono depois de vencer um pleito antecipado para antes da Copa do Mundo, como se previsse que o vexame atrapalharia seus planos.

Mas se Teixeira caiu depois da gota d’água de um perfil demolidor seu   publicado na revista “piauí”, e de uma série de reportagens que o desmascararam, Nero já chega à presidência objeto de um outro perfil, da “Veja São Paulo”, que também o expôs ao ridículo.

Enquanto isso, 8 a 1 para Alemanha.

Fonte: Uol

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