quarta-feira, abril 15, 2015

Aumento de energia causará impacto negativo à indústria do RN, avalia Fiern

(Foto: Wellington Rocha)O aumento na tarifa de energia elétrica não agradou aos industriais potiguares. De acordo com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), os consumidores
industriais e comerciais de médio e grande porte, atendidos pela Cosern em Alta Tensão, terão reajuste, em média, de 14,41%. Já os consumidores em Baixa Tensão da companhia, terão um aumento médio de 9,57%.

O presidente do Conselho de Consumidores de Energia Elétrica da Federação das Indústrias do Rio Grande do Norte (Fiern), João Lima, declarou que a taxa “é um absurdo”, prejudicando a indústria potiguar, pelo aumento dos cursos.

“A energia é o terceiro índice nos custos de uma indústria. O aumento era esperado, mas a tarifa é absurda. O Brasil tem umas das energias mais caras do mundo e não pode exportar”, argumentou João Lima.

O diretor da Fiern analisou que com essa mudança, o preço do produto fabricado no Brasil terá um aumento, impactando no bolso do consumidor final. João Lima detalhou que o reflexo imediato será no encarecimento do produto brasileiro e a pouca competitividade gerada.

“Isso vai significar na redução na margem do produto ou no preço do produto final. Dessa forma, diminuirá o crescimento das indústrias, da geração de emprego e renda”, e completou, “essa situação é resultado da falta de planejamento do governo e a falta de chuvas no Sudeste do país”.

João Lima comentou que além do novo reajuste, há o aumento pelas bandeiras tarifárias, “o que pode durar por mais tempo”.

Aumento

As novas tarifas da Cosern começam a valer no próximo dia 22 de abril com o pagamento em maio para os 1,3 milhão de clientes da concessionária. O aumento de 9,57%, por exemplo, abrange mais de 99% dos consumidores, inclusive os residenciais.

As mudanças nas tarifas são realizadas pela Aneel uma vez por ano, como direito das distribuidoras. No início de 2015, já havia tido um aumento de 2,8%, porém, com o aumento das despesas no setor elétrico, houve uma revisão extraordinária das tarifas.

“Os reajustes tarifários anuais estão previstos no contrato de concessão das distribuidoras. São mecanismos de correção monetária e também de atualização dos custos não gerenciáveis pela distribuidora como os referentes a compra da energia junto aos geradores, custos de transmissão, encargos setoriais”, informou a Cosern em comunicado à imprensa.

A Cosern listou que são cobrados tarifas fixadas pela Aneel, impostos como ICMS, PIS e Cofins, bandeiras tarifárias e a Contribuição de Iluminação Pública (CIP), repassado às prefeituras municipais.

Fonte: Portal Noar

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