terça-feira, agosto 05, 2014

Senado abrirá sindicância para apurar suposta fraude em CPI, diz Renan

 http://cidadenewsitau.blogspot.com.br/O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), disse nesta terça-feira (5) que determinou a abertura de uma comissão de
sindicância para apurar denúncias de suposta fraude na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Senado que investiga contratos da Petrobras.

De acordo com reportagem da revista "Veja", um vídeo indica que a presidente da Petrobras, Graça Foster, o ex-presidente José Sérgio Gabrielli e o ex-diretor da área internacional Nestor Cerveró tiveram acesso antecipado às perguntas dos parlamentares antes dos depoimentos que prestaram à comissão.
A CPI foi aberta em maio no Senado para investigar as suspeitas de superfaturamento na compra da refinaria de Pasadena, no Texas (EUA), em 2006, pela Petrobras, ao custo de US$ 1,3 bilhão, e as denúncias de que houve desvio de recursos na construção da refinaria de Abreu e Lima, em Pernambuco.
O relator da CPI, senador José Pimentel (PT-CE), negou favorecimento aos depoentes. Ele afirmou por meio de nota que não se reuniu com os depoentes nem orientou depoimentos. A Petrobras informou que "dá apoio" a executivos e ex-executivos, "preparando-os, quando necessário, com simulações de perguntas e respostas" antes de depoimentos a CPIs.
A comissão de sindicância anunciada por Renan será composta por três servidores do Senado, segundo informou ao G1 o diretor-geral da Casa, Bandeira de Mello.
No caso dos senadores investigados, a comissão poderá recomendar a instauração de processo no Conselho de Ética da Casa e indicar como penalidade advertência, censura e perda temporária ou definitiva de mandato. No último caso, a palavra final será dada pelo plenário do Senado.
A comissão de sindicância também poderá sugerir penalidades disciplinares aos servidores do Senado eventualmente envolvidos na denúncia. Nesse caso, eles poderão responder por processo administrativo disciplinar e serem punidos com advertência, suspensão, demissão, cassação de aposentadoria, destituição de cargo ou de função comissionada.
A instalação da comissão de sindicância é motivada por pedido do presidente da CPI, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB). A comissão será instalada ainda nesta terça-feira e terá 90 dias para apurar as denúncias apresentadas pela revista. Vital do Rêgo também pediu investigação do caso à Polícia Federal.
“Estamos atendendo ao pedido do senador Vital do Rego e determinando a constituição de uma comissão de sindicância para esclarecermos todos os fatos e estabelecermos responsabilidade a quem as tenha”, declarou Renan Calheiros.
Renan Calheiros ainda disse que considera “muito graves” as denúncias sobre suposta fraude na CPI. Mas ele considera que não é necessário suspender as atividades da CPI do Senado, conforme reivindicam parlamentares da oposição. “Não precisa suspender nada absolutamente”, afirmou.
Questionado por jornalistas se a comissão de inquérito teria perdido a credibilidade após o episódio, o presidente do Senado disse que a CPI “não pode sair arranhada” porque é um “instrumento fundamental de fiscalização e de cumprimento do papel legislativo”.
A suposta fraude nos depoimentos da CPI movimentou as campanhas eleitorais dos presidenciáveis. Nesta terça, o coordenador jurídico da campanha de Aécio Neves (PSDB), deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP), protocolou na Procuradoria da República no Distrito Federal pedido de apuração das denúncias.
Nesta segunda-feira (4), a presidente Dilma Rousseff (PT), que concorre à reeleição, afirmou quer cabe ao Congresso Nacional explicar a denúncia. O candidato do PSB, o ex-governador Eduardo Campos, apontou responsabilidade de Dilma. "A presidenta Dilma tem tudo a ver com a crise na Petrobras", afirmou.

Fonte: G1

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