A Polícia Federal prendeu nesta quinta-feira (3) em Arujá, no interior de São Paulo, o cidadão argentino Salvador Siciliano, 70
Ele era procurado pela Justiça argentina por suspeita de ter integrado um grupo de extrema-direita chamado Triple A que, à época do regime militar no país vizinho (décadas de 1970 e 1980), foi acusado de assassinar e sequestrar opositores à ditadura.
De acordo com a Polícia Federal, Siciliano foi levado ao Instituto de Medicina Legal (IML) de São Paulo e ficará preso na Superintedência da PF na capital paulista. A prisão de Siciliano, segundo a corporação, contou com a ajuda do Centro de Cooperação Policial Internacional.
De acordo com o delegado-chefe da Interpol (polícia internacional) no Brasil, Luiz Fernando Navajas, Siciliano permanecerá preso por até 90 dias, até que o governo argentino envie ao Brasil pedido formal de extradição. Caso o pedido não seja apresentado no prazo, ele será solto.
Na última sexta-feira (27), a PF informou que ao menos três foragidos internacionais – um mexicano, um argentino e um chileno – foram presos durante a Copa do Mundo.
Segundo o delegado Navajas, a Polícia Federal localizou Siciliano em razão do trabalho de cooperação internacional entre as polícias de 37 países desenvolvido especialmente para o período da Copa.
Navajas afirmou que após o reconhecimento de Siciliano pela polícia argentina, o Centro de Cooperação Policial Internacional enviou pedido de prisão ao Supremo Tribunal Federal, por meio da Polícia Federal. Segundo ele, o STF deferiu o pedido, o que permitiu a prisão do argentino.
De acordo com o delegado, ainda que não há detalhes sobre há quanto tempo Siciliano estava no Brasil. Ele morava em Arujá com a família.
Siliciano entrou no Brasil de forma ilegal, segundo Navajas. O delegado afirmou que, desde 2007, a prisão dele é a quinta no Brasil de argentinos suspeitos de tortura.
Alemão preso
Nesta quinta, um outro fugitivo internacional foi preso no Brasil, segundo informou o delegado Luiz Navajas. O alemão Dennis Grell foi preso em um apartamento na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro.
De acordo com o delegado, ele é suspeito de praticar crimes tributários no país europeu entre 2007 e 2009 e vivia no Brasil desde 2010. Além disso, disse Navajas, ele vivia de forma legal no Brasil há quatro anos e foi localizado pela polícia alemã por meio da cooperação internacional.
"A situação dele é a mesma do cidadão argentino. Ele ficará preso na Superintendência da PF no Rio de Janeiro, e a Alemanha terá 90 dias para apresentar o pedido de extradição", declarou.
Reprodução Cidade News Itaú via G1
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