quinta-feira, julho 03, 2014

Mãe de bebê roubada no RN diz que mulher presa era 'amiga de infância'

Keliane em casa com Helena Vitória em Santa Maria (Foto: Ely Suelen Vicente/Arquivo pessoal)A mãe da bebê levada de casa em Santa Maria nesta quarta-feira (2) disse que a mulher que levou sua filha era uma “amiga de infância”. Segundo Maria Keliane Brito da Costa, a família só acreditou que tinha mesmo sido Maria
Eliane que levou a menina quando ela confessou. “A gente só teve certeza quando ela confessou. Ela foi criada lá em casa desde pequena. Eu nunca imaginei que ela pudesse fazer isso”, disse Keliane. A pequena Helena Vitória, agora com 5 dias de vida, foi levada de casa na manhã de quarta-feira (2) e encontrada no início da tarde.
Maria Keliane disse ao G1 que não teve coragem de voltar para a casa onde morava e está hospedada na casa de uma tia. “Eu não vou voltar pra lá, não tenho coragem. Estou procurando outra casa pra alugar, quero ficar mais perto da minha tia”, disse. Depois de horas de terror sem saber o paradeiro da filha, Keliane reencontrou o bebê na Delegacia Regional de São Paulo do Potengi.
“Tudo isso que aconteceu comigo e com minha filha foi muito triste. Eu aprendi que não devo confiar em ninguém, só na minha família. Por mais próxima que seja uma pessoa e por mais que pareça amiga não podemos confiar”, disse.

Confissão
A agricultora Maria Eliane Souza das Chagas, de 24 anos, foi detida na tarde da própria quarta-feira (2). Ela admitiu à polícia que foi ela quem levou a recém-nascida. Assim que a notícia se espalhou pela cidade, a bebê foi abandonada dentro de uma sacola plástica. A confissão de Maria Eliane consta em depoimento que ela prestou ao chefe de investigações da Delegacia Regional de São Paulo do Potengi, Gustavo Cavalcanti. O G1 teve acesso ao documento, no qual a mulher relata que pegou a criança porque "queria criá-la como sua própria filha".
“Ela ainda disse que cometeu o crime sozinha, sem a ajuda de ninguém, e que a intenção era fugir com a criança e criá-la. Ela permanece presa, foi autuada pelo crime de subtração de incapaz e ainda nesta quinta-feira (3) será transferida para o Presídio Provisório Feminino de Parnamirim, na Grande Natal”, acrescentou o chefe de investigações, Gustavo Cavalcanti, da Delegacia de Polícia Civil de São Paulo do Potengi.
De acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), a pena para o crime de subtração de incapaz é de 2 a 6 anos de reclusão para quem "subtrair criança ou adolescente ao poder de quem o tem sob sua guarda em virtude de lei ou ordem judicial, com o fim de colocação em lar substituto”.

Falsa gravidez
Ainda durante o interrogatório, o chefe de investigação perguntou se Maria Eliane estaria simulando uma gravidez como forma de premeditar o crime, pois um médico da cidade que a examinou atestou que ela tinha as trompas ligadas. A agricultora respondeu que não, que realmente estava grávida e que havia perdido o bebê, só não sabendo precisar a data em que teria abortado.

Reprodução Cidade News Itaú via G1

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Sua opinião é muito importante para nós, comente essa matéria!