quinta-feira, julho 03, 2014

Justiça nega liberdade a mexicanos indiciados por lesão a cearenses

Mexicano foi preso após caso de agressão (Foto: Reprodução)O juiz Antonio José de Norões Ramos, da 2ª Vara Criminal do Fórum Clóvis Beviláqua, negou, nesta quinta-feira (3), o pedido de liberdade provisória aos mexicanos indiciados por lesão corporal grave a dois cearenses, no dia 30 de
junho. Na decisão, o juiz diz que teme a fuga dos indiciados, em caso de liberdade: “para evitar que os indiciados intentem nova investida de fuga, impossibilitando que eventual sentença condenatória reste desprovida de efetividade, devem os indiciados ser mantidos segregados até ulterior decisão”. Os mexicanos estão detidos no Instituto Penal Francisco Hélio Viana de Araújo, no município de Pacatuba, na Grande Fortaleza.
Segundo o processo, os mexicanos estavam dentro de um táxi parado na avenida Monsenhor Tabosa, por volta de 21h, quando um deles começou a assediar uma mulher, que passava pela rua acompanhada pelo marido e o cunhado. O marido interveio e os quatro mexicanos saíram do veículo e começaram a agredi-lo e ao irmão, só parando com a chegada da polícia.
As vítimas foram levadas ao hospital, com fraturas na face e diversas escoriações pelo corpo. Os turistas foram detidos por um policial militar e levados à delegacia, onde foi decretada prisão em flagrante por lesão corporal grave.
Nesta quinta-feira, o promotor de Justiça Pedro Olímpio Monteiro Filho, da 2ª Promotoria de Justiça Criminal de Fortaleza, requereu à Justiça a conversão da prisão em flagrante pela preventiva, "para garantir a ordem pública, por conveniência da instrução criminal e como forma de assegurar a correta aplicação da lei penal".
Defesa
A defesa dos acusados apresentou pedido de relaxamento de prisão ou liberdade provisória. Alegou que os estrangeiros possuem condições pessoais extremamente favoráveis. Disse ser visível a "ausência de elementos que autorizem a manutenção da prisão, pois a liberdade deles não agride a ordem pública". Ainda de acordo com a defesa, a prisão dos mexicanos “tem caráter de exemplaridade e de satisfação à sociedade”.
Ao julgar o caso, o juiz constatou “pelos depoimentos de testemunhas e vítimas, que efetivamente os indiciados demonstraram intenção de não se verem responsabilizados pela Justiça Brasileira, haja vista que tentaram empreender fuga do distrito de culpa, não logrando êxito em seus desideratos por ação de populares e policiais que ali se faziam presentes”.
Segundo o juiz, “caso tivessem conseguido se desvencilhar da detenção, os indiciados, pela condição de estrangeiro sem vínculos com o Brasil, por questão de horas poderiam ter deixado o território nacional, restando, assim, definitivamente imunes de qualquer responsabilização civil ou criminal”.
Relato do advogado
“Eu estava no chão. Estava desmaiado e me espancaram”, diz o advogado brasileiro David de Queiroz, agredido por quatro mexicanos na noite de domingo, após eliminação do México na Copa do Mundo em jogo contra a Holanda, na Arena Castelão, em Fortaleza. A agressão à Davi Sávio ocorreu após ele proteger a mulher de um assédio na Avenida Monsenhor Tabosa, área turística de Fortaleza.
“Quando atravessamos a rua, eu e minha família, os mexicanos passaram em um táxi, fazendo algazarra. Quando o carro parou, ele passou a mão na minha mulher. Tirei a mão, reclamei, e os quatro desceram já me agredindo, não consegui me defender”, relata. O primo do advogado, que presenciou a agressão, chamou a polícia que estava próxima.

Reprodução Cidade News Itaú via G1

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