Ministro do Esporte diz que derrota da Seleção deixará marca profunda

O ministro do Esporte, Aldo Rebelo, disse nesta quinta-feira que a goleada sofrida pela seleção brasileira para a Alemanha mostra que o futebol precisar mudar.

Ao analisar a eliminação do Brasil na Copa do Mundo, Rebelo apontou como solução que o país deixe de ser exportador de “matéria-prima”, como se referiu aos adolescentes que saem do para atuar na Europa muito cedo.

“O futebol brasileiro precisa de mudanças. A derrota para a Alemanha evidencia essa necessidade. Sempre disse que deveríamos aproveitar a Copa para um grande esforço que resultasse na criação de infraestrutura, como os centros de treinamento para receber as seleções, e um esforço para elevar a qualidade da gestão dos nossos clubes. Somos exportadores de matéria-prima. Fiquei sabendo pelo técnico da base, Alexandre Gallo, que parte importante dos nossos jogadores da seleção sub-15 já estão no exterior. Nossa legislação (que impede a assinatura de contrato antes dos 16 anos) facilita isso e colocou um super poder nas mãos dos empresários. Essa situação precisa ser enfrentada”, disse o ministro no Maracanã.

Segundo Rebelo, o governo discute uma nova legislação para o futebol, com mudanças na gestão dos clubes, na responsabilidade financeira, calendário e respeito aos atletas.

Ao comparar as eliminações do Brasil nas Copas de 1950 e a atual, o ministro disse que a derrota simples para a Alemanha não seria uma surpresa e classificou o placar um “acidente”. Já em 50, diz Rebelo, o clima de euforia não permitia pensar num vice-campeonato.

“Tínhamos a convicção que venceríamos, jogávamos pelo empate. Era um time muito superior ao que temos hoje, era uma constelação de craques consagrados. Essa que perdeu para a Alemanha as pessoas achavam que podia ser campeão, mas empatou com o México e com o Chile, não seria uma grande surpresa perder para os alemães. Foi um acidente levar a goleada”, analisou Rebelo, para quem a eliminação deixará uma “marca terrível e profunda no futebol brasileiro”, disse.

“Mas a melhor atitude é analisar as causas, extrair as lições do desastre e corrigir as falhas, para que isso não volte a acontecer e a Seleção recupere o status que ela deve ter”, discursou.

Reprodução Cidade News Itaú Via No Minuto