Detentas fazem motim após morte de presa grávida em presídio de Teresina

Detentas da Penitenciária Feminina de Teresina, localizada no km 7 da BR-316, realizaram um motim por volta das 15h desta segunda-feira (14). De acordo com o presidente

do Sindicato dos Agentes Penitenciários do Piauí (Sinpoljuspi), Vilobaldo Carvalho, as presas ficaram revoltadas com a morte de uma mulher grávida que cumpria pena no presídio. Elas recusaram a voltar para as celas após o banho de sol.

“Eles se rebelaram para chamar a atenção das autoridades, principalmente da Secretaria de Justiça (Sejus). Pois uma detenta que estava grávida morreu na madrugada desta segunda. A situação nos presídios do estado é degradante e absurda”, disse.

saiba mais

Detenta grávida passa mal e morre a caminho da maternidade em Teresina

Bebês dividem celas sujas e lotadas com detentas em penitenciárias do PI

Ainda segundo Vilobaldo, a situação foi controlada após uma negociação com a direção do presídio. “Agentes penitenciários e policiais conseguiram acalmá-las e conversaram com as presas. Depois de negociarem, elas resolveram retornar para as celas, mas não foi nada muito grave”, disse o presidente do Sinpoljuspi.

O G1 ligou para a diretora do presídio, Geracina Olímpio, mas ela não atendeu e nem retornou as ligações. 

Morte de detenta

De acordo com a direção da maternidade do bairro Promorar, na Zona Sul de Teresina, para onde a detenta foi levada, a mulher chegou sem vida ao local. A direção da maternidade informou que não foi possível identificar a causa da morte e nem a fase da gravidez.

Em nota, a Fundação Hospitalar de Teresina afirmou que o médico de plantão realizou o procedimento que constatou que a mesma estava sem sinal vital. Ainda segundo o texto, como a gestante chegou sem vida ao hospital, o corpo foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML).

Situação do presídio

Em janeiro deste ano, o G1 mostrou bebês dividindo celas com as mães em presídios do Piauí. A denúncia foi feita pelo Sindicato dos Agentes Penitenciários do Piauí (Sinpoljuspi). Na época, imagens e vídeos feitos na Penitenciária Feminina de Teresina mostravam uma das crianças engatinhando pelo chão da cela enquanto a mãe costurava. As crianças eram mantidas em locais sujos, úmidos e com pouca ventilação.

Reprodução Cidade News Itaú via G1