quinta-feira, agosto 08, 2013

Coronel volta atrás e nega que PM morta tenha denunciado colegas


O comandante do 18º Batalhão da Polícia Militar, coronel Wagner Dimas, disse à Corregedoria da corporação ter se perdido durante a entrevista que deu à Rádio Bandeirantes, nesta quarta-feira (7), em que afirmou que a policial militar Andréia Pesseghini, morta na segunda (5), havia colaborado com informações para uma investigação contra colegas que participavam de roubos de caixas eletrônicos. No chamado Termo de Declarações junto à Corregedoria da PM, porém, ele disse não existir qualquer denúncia formalizada sobre policiais militares envolvidos com crimes de roubos a caixas eletrônicos em seu batalhão, segundo o SPTV desta quinta-feira (8). O comandante destacou também que a policial não fez qualquer denúncia a respeito e que se perdeu em suas argumentações para o repórter.
Ainda segundo o SPTV, o coronel Dimas prestou depoimento nesta manhã, no Departamento de Homicídios de Proteção à Pessoa (DHPP). Dimas iria conceder uma entrevista ao SPTV nesta quinta, mas, muito nervoso, cancelou sua participação para explicar o episódio - ele precisou tomar calmante.
Procurada pelo G1, ainda na quarta, a PM já havia divulgado nota para afirmar que não havia registro oficial da denúncia ou da investigação. "O Comando da Policia Militar reafirma que não houve qualquer denúncia registrada na Corregedoria da PM, ou no Batalhão, por meio da Cabo Andréia Pesseghini contra policiais militares.
Foram consultados arquivos da Corregedoria, do Centro de Inteligência e do próprio Batalhão e nada foi identificado, portanto, será instaurado um procedimento para apurar as declarações do Coronel Wagner Dimas Alves Pereira, Comandante do 18º Batalhão, não alterando em nada o rumo das investigações", afirma o texto.
Coronel Wagner Dimas citou a investigação durante a entrevista, mas não deu detalhes sobre quando ela ocorreu. "Ela (Andréia) não fez precisamente assim: esse, esse e esse estão com problemas. Mas, ao contexto que nós estávamos levantando, ela confirmou alguns detalhes", disse o coronel durante a entrevista nesta manhã.

Ainda segundo ele, nenhum dos policiais chegou a ser punido, porque as investigações não chegaram a uma conclusão. "O problema do investigar é a conclusão, né? Nós não chegamos a uma conclusão. Desses aí, houve transferência, nós tiramos aqui do quadro, do que seria do 'grupo' do batalhão", afirmou.
O coronel disse ainda que Andréia nunca relatou ter sido ameaçada e não estava sob qualquer tipo de medida de proteção. Perguntado se ele descartava "totalmente" a relação entre a participação nas denúncias e a execução, o comandante disse que não. "(...) descartar é complicado, vamos acompanhar com carinho, vamos ver se dentro do que a gente tem no raciocínio, nesse quebra-cabeça todo, possa ter", disse.

Reprodução Cidade News Itaú

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