Setenta homens do Corpo de Bombeiros continuam procurando dois operários nos escombros do prédio que desabou ontem (27) em São Mateus, na zona leste de São Paulo. Oito pessoas morreram e 26 foram resgatadas com ferimentos. O procurador-geral de Justiça de São Paulo determinou que dois promotores abram investigações para processar os responsáveis pelo desabamento.
Hoje de manhã, as equipes de resgate conseguiram avançar na retirada dos escombros da construção e removeram também carros que estavam soterrados. Dessa forma, os bombeiros esperam chegar mais perto. As equipes cavaram túneis para tentar chegar às vítimas. As buscas são feitas em três pontos, apontados pelos cães farejadores.
O prédio foi erguido há seis meses. Segundo a prefeitura, a construção estava irregular. A subprefeitura de São Mateus multou os donos do terreno duas vezes e embargou a obra, mas não conseguiu impedir que ela continuasse.
O local foi alugado pela loja magazine Torra-Torra. A rede disse que “a ocupação do prédio somente se daria após o fim das obras estruturais, pelo proprietário” e que contratou a “Salvatta Engenharia para realizar os estudos sobre a estrutura para avaliar as condições de segurança”. E que não fizeram nenhuma intervenção estrutural.
O advogado do dono do terreno, Edilson Carlos dos Santos, diz que os engenheiros já estavam fazendo mudanças no prédio. "Eles já estavam no imóvel aproxidamente há 30 dias. Na parte estrutural, eles fizeram escavações."
O delegado que investiga o desabamento, Luiz Carlos Uzelin, disse que vai ouvir primeiro as vítimas e depois os responsáveis pela obra. O delegado disse que a prefeitura poderia ter solicitado a guarda municipal ou a Polícia Militar para impedir a obra. Segundo Uzelin, a construtora cometeu o crime de desobediência ao desrespeitar a ordem de embargo da prefeitura.
Reprodução Cidade News Itaú
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