quinta-feira, julho 25, 2013

Sindipetro informa que cerca de 80% das sondas terrestres foram desativadas no RN

Investimentos têm diminuído no Estado, segundo entidade -   Luciano LellysO Rio Grande do Norte já teve 14 sondas terrestres de perfuração e hoje tem somente três. A informação é do Sindicato dos Petroleiros do Rio Grande do Norte (Sindipetro/RN). Segundo o secretário geral da entidade, Márcio Dias, o sindicato vem lutando contra o desmonte da Petrobras no Estado porque vem percebendo a desativação de serviços há algum tempo.
Matéria publicada pelo jornal Folha de S.Paulo, na última terça-feira, mostrou que a estatal pretende desativar as sondas terrestres no Rio Grande do Norte, norte do Espírito Santo e Bahia. "Isso vem provocando cada vez mais demissões. Caso isso se confirme irá interromper toda uma estrutura. Isso já passou do limite do insuportável", destaca Márcio Dias.
Segundo o Sindipetro, as três sondas estão localizadas em Mossoró, Alto do Rodrigues e Macau. "São sondas de perfuração, mas há outras sondas que dão suporte. Cada uma dessas sondas de perfuração conta com, em média, 80 empregos diretos. No entanto, sustenta várias outras atividades. Isso quer dizer que o impacto será muito maior com os empregos indiretos", explica o sindicalista.
Na última terça-feira, 23, uma equipe do Sindipetro/RN chegou a se reunir com o diretor da Petrobras, José Miranda Formigli, que substituiu a presidenta da estatal, Graça Foster, em solenidade realizada pela empresa no campo Canto do Amaro. "Ele sugeriu a realização de uma reunião formal com a direção da Petrobras para tratar desse assunto", esclarece.
O secretário geral do Sindipetro diz que as mobilizações para evitar o desmonte da Petrobras no Estado vão continuar. "Sabemos que existem vários projetos engavetados. Queremos que a Petrobras exponha esses projetos e que execute para continuar com as atividades na região. Amanhã (hoje) vamos fazer uma reunião de avaliação do movimento", afirma Márcio Dias.

Petrobras nega informações veiculadas pela Folha

Como antecipou a reportagem do jornal O Mossoroense, a Petrobras ficou de se posicionar nacionalmente sobre matéria veiculada no jornal Folha de S.Paulo. Em nota, a estatal negou as informações publicadas. "A Petrobras nega, ao contrário do que foi noticiado pela imprensa, que esteja reduzindo, ou que pretenda reduzir, a produção ou os investimentos previstos pela empresa nas áreas terrestres da Bahia, Espírito Santo, Rio Grande do Norte, ou qualquer outra de sua produção offshore", disse.
"A empresa nega, também, que esteja programando demissões por conta de redução de atividades nessas áreas. Informa, ainda, que os recursos programados em seu Plano de Negócios e Gestão 2013-2017 para essas áreas estão mantidos conforme já divulgado", continua.
A nota também citou os eventos realizados na última terça-feira, 23, em Mossoró. "Prova, também, do interesse da Petrobras na manutenção da produção nas áreas terrestres foi o lançamento hoje (23), de dois projetos estratégicos para aumentar a produção de petróleo e garantir o escoamento do óleo produzido nos campos offshore do Estado. Um dos projetos, que já gera 950 empregos, está voltado para a ampliação do sistema de injeção de água no campo de Canto do Amaro, com o objetivo de reverter o declínio natural, por ser um campo maduro", expõe.
"Outro projeto anunciado, que já criou 400 novos postos de trabalho e chegará a 900 novas oportunidades, no pico das atividades, foi o início das obras de um oleoduto de 100 quilômetros de extensão que interligará o campo de Canto do Amaro à Unidade de Tratamento e Processamento de Fluidos de Guamaré, com o objetivo de modernizar a malha de escoamento nos campos terrestres do Estado", conclui.

Reprodução Cidade News Itaú

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