quinta-feira, julho 25, 2013

Até agora, apenas 3.100 finalizaram inscrição para o Mais Médicos

Apesar de 18.545 médicos terem se pré-inscrito no edital do Mais Médicos para atuarem em cidades com carência de profissionais, apenas 3.102 (16,7%) finalizaram a inscrição apresentando todos os documentos necessários.

O balanço é preliminar, fechado pelo Ministério da Saúde às 17h30, e pode mudar até a meia-noite desta quinta-feira (25), prazo final para a inscrição.

Os pré-inscritos que não apresentarem toda a documentação no prazo serão desconsiderados, segundo a Saúde. Um novo processo de seleção está previsto para agosto.

Até o momento, 3.333 cidades se inscreveram interessadas em receber um médico, seja brasileiro ou estrangeiro.

Durante as duas semanas em que o edital esteve aberto, o governo manifestou preocupação com um possível boicote à iniciativa. Mensagens difundidas na internet estimulavam que médicos fizessem a pré-inscrição para, depois, desistirem do serviço.

A medida provisória estabeleceu que os médicos formados no Brasil têm prioridade na seleção. Depois deles, vêm os brasileiros formados no exterior sem revalidação do diploma no país e, por último, os médicos estrangeiros.

A previsão inicial do governo era atrair cerca de dez mil médicos pelo edital.

DISCURSO AFINADO

Em nota conjunta divulgada no fim da tarde desta quinta, os ministros Aloizio Mercadante (Educação) e Alexandre Padilha (Saúde) unificaram o discurso sobre a possibilidade de o governo rever a ampliação do curso de medicina em dois anos.

Há 17 dias, a presidente Dilma Rousseff lançou o programa Mais Médicos, via medida provisória. O programa tem dois eixos centrais: fixar médicos brasileiros e estrangeiros no interior do país, via editais lançados pelo governo; e ampliar o curso de medicina, com dois anos extra de serviços prestados no SUS.

Bombardeado de críticas de médicos, políticos e escolas de medicina, o ministro da Educação admitiu, na quarta-feira (24), que o governo poderia considerar a proposta feita por um grupo de especialistas, de manter a graduação nos atuais seis anos e tornar obrigatória a residência médica logo após a formatura.

Já o ministro da Saúde, também na quarta-feira, foi menos enfático na defesa da proposta dos especialistas, se limitando a dizer que a ideia precisava "ser detalhada" e que era "um bom debate".

Nesta quinta, Mercadante e Padilha disseram em nota que "veem como iniciativa muito positiva o avanço na construção da proposta para que os anos adicionais de formação no SUS [originalmente na graduação] sejam parte da residência médica".

O governo vê com bons olhos esse modelo como saída para a polêmica criada. Segundo a Folha apurou, a proposta em debate é que todas as residências médicas tenham um período inicial focado na atenção básica (postos de saúde e Samu, por exemplo), em modelo e duração ainda não definidos.

Os ministros argumentam que essa possibilidade está vislumbrada na medida original assinada pela presidente Dilma Rousseff. O texto, porém, diz apenas que os dois anos extra na graduação poderiam servir para abater um período da residência médica, de forma ainda a ser regulada pelo CNE (Conselho Nacional de Educação).

"O Congresso Nacional será o fórum democrático para o debate e aprimoramento da proposta, bem como o seu detalhamento técnico no CNE e na Comissão Nacional de Residência Médica", diz a nota dos ministros.

Reprodução Cidade News Itaú

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