Por volta das 6h30 da manhã desta quinta-feira (25), um chamado levou a Polícia Militar até a comunidade de Rio dos Índios, em Ceará Mirim. No local uma cena forte denunciava o triste fim de duas vidas. Um homem e a uma mulher, vítimas do ciúme.
De acordo com a polícia, o crime passional foi cometido por Francisco das Chagas de Araújo, 26 anos, que não aceitava o fim do relacionamento, e teria matado a companheira Maria do Livramento Silva, 21 anos com pauladas.
Após matar a mulher, o homem teria se enforcado, em uma árvore, próximo à comunidade. Informações entre populares, colhidas pela polícia aponta que “eles eram casados há oito anos. Mas, recentemente, ela resolveu deixá-lo. Como ele não aceitava a separação, matou a mulher e depois se matou”, afirmou o capitão Harrison Moreira.
Assassinatos contra mulheres
Na última década o número de assassinatos de gênero aumentou consideravelmente em vários estados do Brasil. Nacionalmente a taxa desse tipo de crime é de 4,6 para cada 100 mil mulheres da população, os dados são do Mapa da Violência 2013 – Homicídios e Juventude no Brasil, realizados pelo Centro Brasileiro de Estudos Latino-Americanos (CEBELA). Publicado na semana passada.
No comparativo de 2001 a 2011, o número de atentados contra a vida feminina subiu 191,7% no Rio Grande do Norte. Levando o estado potiguar para a terceira colocação, atrás apenas da Bahia e da Paraíba, com 285,5% e 204,3% respectivamente.
Outro ponto também interessante, é que a Campanha do Desarmamento não foi eficaz para evitar esse tipo de crime, pois muitos deles acontecem domesticamente, não sendo necessário o uso de arma de fogo. Esse dado é refletido entre os crimes acontecidos durante esta semana em Natal. Próximo ao corpo da pernambucana Clara Rubyanne Ferreira, encontrada morta na segunda feira, em um apartamento de Ponta Negra, estava um cabo USB. Segundo a polícia a provável arma usada para cometer o assassinato.
O crime que acontece na manhã de hoje, a arma utilizada foi um pedaço de pau. De acordo com os registros de atendimento por violências do Sistema Único de Saúde – SUS – nas bases do Sistema de Informação de Agravos de Notificação do Ministério da Saúde, no ano de 2011 70270 mulheres sofreram violência física. Neste total 71,8% das agressões ocorreram na residência das vítimas. Em 43,4% dos casos, o atentado foi cometido pelo parceiro ou ex-companheiro da vítima.
Com a entrada em vigor da lei Maria da Penha, em 2006, a qual aumenta o rigor das punições contra esse tipo de crime. Os registros sofrem uma diminuição em 2007, caindo 7,6% em relação aos anos anteriores. Porém a partir de 2008, as taxas tendem a subir novamente, recuperando e até superando os níveis anteriores.
Reprodução Cidade News Itaú
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