quinta-feira, maio 23, 2013

Incra diz que RN tem 22 mil hectares de terra em fase de desapropriação


Manifestantes do MST aguardam início de reunião com representantes do Incra, em Natal (Foto: Igor Jácome/G1)
Representantes do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) no Rio Grande do Norte e manifestantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) estão reunidos na sede do órgão para discutir a desapropriação de imóveis rurais considerados improdutivos no estado. A reunião foi iniciada após os manifestantes cruzaram boa parte da cidade a pé. Ao final da discussão, haverá coletiva para apresentar o que ficou acordado entre o órgão e o movimento.

Aproximadamente 500 pessoas deixaram o Centro Administrativo, no bairro de Candelária, na zona Sul, e partiram em caminhada para a sede do órgão, que fica no bairro de Petrópolis, na zona Leste. Entre os manifestantes estavam estudantes que apoiam o movimento #RevoltadoBusão - que protesta por melhor qualidade no transporte público da capital e redução imediata do recente aumento na tarifa de ônibus.
Segundo a assessoria de imprensa do Incra, participam da reunião apenas integrantes do MST. “Estamos discutindo 25 processos de desapropriação que estão em fase de análise e vistoria. São propriedades apontadas como improdutivas. A maioria, terras que ficam na região do Mato Grande, Assu e Mossoró. São 22 mil hectares onde residem 3 mil famílias acampadas”, revelou o Incra.
#RevoltadoBusão
Após a chegada ao Incra, manifestantes do #RevoltadoBusão e alguns membros do MST seguiram para o Palácio Felipe Camarão, sede do Executivo municipal, onde continuam protestando contra o recente aumento da passagem de ônibus, que subiu de R$ 2,20 para R$ 2,40 no último sábado (18). O movimento também reivindica melhora no sistema de transporte público da capital.
“O nosso movimento agradece o apoio dos trabalhadores do MST na luta por um transporte público de mais qualidade. Entendemos que a participação da Revolta do Busão na atividade do MST vem demonstrar que as lutas travadas pelos movimentos e mobilizações de caráter social precisam estar, cada vez mais, integradas. Unindo o campo e a cidade, o trabalhador rural e o estudante”, afirmou a comissão de comunicação do #RevoltadoBusão por meio de nota.
Na última terça (21), manifestantes dos dois movimentos, juntamente com o Grito da Seca, organizado por representantes da Federação dos Trabalhadores Rurais do Rio Grande do Norte (Fetarn) – que cobram do governo estadual ações mais eficazes de combate à estiagem – caminharam juntos para protestar no Centro Administrativo.
Na ocasião, segundo a Polícia Militar, os três atos reuniram pouco mais de 400 pessoas. Os organizadores dos movimentos, no entanto, estimaram que mais de 7 mil pessoas participaram da manifestação conjunta. A união aconteceu depois que a Justiça Federal proibiu que os manifestantes interditassem trecho da BR-101, nas proximidades do viaduto de Ponta Negra, local que inicialmente havia sido marcado como ponto de concentração do #RevoltadoBusão.

Manifestantes fecharam parte da BR-101, deixando trânsito congestionado no sentido Ponta Negra-Centro  (Foto: Igor Jácome/G1)

Reprodução Cidade News Itaú

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