domingo, abril 14, 2013

Força aérea síria ataca aldeia curda e deixa 16 mortos


A Força Aérea síria realizou um ataque sangrento contra uma aldeia curda no nordeste do país, matando pelo menos 16 pessoas, enquanto em Deraa, berço da revolta contra o regime de Bashar al-Assad, soldados e rebeldes se acusam mutuamente pela destruição de parte de uma mesquita histórica.
Em Aleppo, a explosão de um carro-bomba feriu o correspondente da televisão estatal, dois cinegrafistas e outras 15 pessoas. Mais ao norte, o exército sírio rompeu o cerco dos rebeldes a dois campos militares.
Na província de Hassaka, que até então se manteve fora da guerra civil, um ataque da aviação matou 16 pessoas, incluindo três crianças, segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).
"Há nesta aldeia uma posição rebelde, mas não foi ela o alvo, e sim casas habitadas por civis", declarou o diretor do OSDH, Rami Abdel Rahman, baseado em informações recebidas de ativistas e médicos civis e militares.
As regiões de maioria curda no país estavam sendo poupadas, porque seus líderes entraram em um acordo com o regime e os rebeldes. Mas nas últimas semanas, combatentes curdos se uniram aos rebeldes em Aleppo, o que provocou a reação do regime.
Ao mesmo tempo, outro avião do exército lançou bombas em Qaboun, bairro rebelde do noroeste de Damasco, e matou nove crianças, segundo o Observatório. No total, 23 crianças foram mortas neste domingo (14) em todo o país.
Na cidade de Deraa, no sul do país, regime e rebeldes se acusam mutuamente pela destruição de uma torre de pedras quadradas de uma mesquita, que remonta aos primórdios do Islã.
De acordo com os opositores do Conselho Nacional Sírio (CNS), "o regime agiu de forma bárbara, disparando com tanques de guerra contra o minarete da mesquita de Omari, um importante símbolo de espiritualidade, civilização e humanidade".
Esta mesquita, localizada no centro de Deraa, foi o ponto de partida em meados de março de 2011 de manifestações em massa em resposta à tortura cometida pelos serviços de segurança contra crianças que tinham escrito nas paredes frases em repúdio a Assad.
Citando uma autoridade anônima de Deraa, a agência oficial de notícias SANA acusou a Frente al-Nusra de ter queimado a mesquita. O argumento era de que "os terroristas tinham fatwas (decretos religiosos) que os autorizavam atingir locais de culto se necessário". Na terminologia do regime, a palavra 'terroristas' refere-se aos rebeldes.
A violência, de acordo com uma avaliação preliminar, causou a morte de 44 civis e nove rebeldes neste domingo.

Reprodução Cidade News Itaú

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