sábado, março 16, 2013

Presidente do Tribunal da Conmebol vê pena "acertada" ao Corinthians


Tragédia em Oruro custou caro ao Corinthians; que não teve torcida em uma partida
Presidente do Tribunal Disciplinar da Conmebol, o brasileiro Caio Rocha não participou do polêmico julgamento recente do Corinthians, mas vê a punição sofrida pelo clube como acertada. Em entrevista exclusiva ao UOL Esporte, ele avalia a nova fase da confederação sul-americana e admite que seus colegas podem não ter visto todas as informações disponíveis para analisar a responsabilidade do San Jose no caso.

“No caso do Corinthians, houve um desfecho trágico e a tragédia é absolutamente lamentável. Isso com certeza foi avaliado por todos os membros e acho que eles chegaram em um parâmetro, a meu ver, acertado”, disse Caio Rocha.

O juiz não participou do julgamento do Corinthians justamente por ser brasileiro. Quem comandou a análise foi o uruguaio Adrian Leiza, seu vice no Tribunal. Ao lado de seus colegas, ele decidiu que o clube brasileiro deveria jogar um vez com portões fechados e não poderia ter torcida quando jogasse fora de casa, além de ter de pagar a multa de cerca de R$ 391 mil.

O Corinthians foi punido porque seus torcedores dispararam um sinalizador dentro do estádio do San Jose, na primeira rodada da Libertadores. O artefato acabou atingindo e matando o jovem Kevin Beltrán Espada, de 14 anos. Não foi pela tragédia, no entanto, que o clube do Parque São Jorge foi indiciado.

O problema é que a torcida do San Jose, no mesmo dia, também acendeu artigos pirotécnicos, mas o clube recebeu apenas R$ 19 mil de multa. Questionado sobre o assunto, Caio Rocha admitiu que seus colegas podem ter deixado alguns elementos de lado ao julgarem o clube boliviano.

“Certamente, o que foi avaliado no caso do Corinthians foi o que constava do processo. É claro que a celeridade impõe que o julgamento seja feito com os elementos que se tem no momento. Talvez isso que você está me narrando pela imprensa não tenha chegado ao conhecimento dos julgadores”, disse Caio Rocha.

Reprodução Cidade News Itaú

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