sexta-feira, janeiro 11, 2013

Políticos envolvidos em escândalos viram máscara para foliões brincar no Carnaval


 (Felipe Barros/Esp DP/D.A.Press)
O julgamento do mensalão resultou na condenação de 25 dos 37 réus do processo que apurou a compra de parlamentares no primeiro mandato de Lula e colocou em evidência Joaquim Barbosa. O presidente do Supremo, apontado como algoz dos mensaleiros, inclusive, não raro tem a máscara dividindo espaço nas prateleiras com o ex-ministro José Dirceu (PT), condenado por seu suposto envolvimento no esquema.

Os dois dividem espaço ainda com a máscara do publicitário mineiro Marcos Valério, apontado como o operador do mensalão, reconhecido como o maior escândalo do governo Lula. Do staff de ex-presidente também ganha destaque a máscara de Antônio Palocci, o primeiro ministro a cair por causa de escândalos de corrupção no governo de Dilma e que desencadearam a famosa “vassourada contra a corrupção nos ministérios”.

O ex-presidente Lula voltou à tona por causa não apenas do escândalo do mensalão. Ele era muito próximo da ex-chefe de gabinete do escritório que a Presidência da República mantinha em São Paulo, Rosemary Noronha. Ela foi demitida pela presidente Dilma após a operação Porto Seguro revelar seu envolvimento com uma quadrilha especializada em tráfico de influência no governo federal.

A proprietária de uma das lojas de fantasias carnavalescas situadas no Centro do Recife, Jane Cabus, se diverte com a procura das máscaras pelos foliões. Diz que elas embelezam o carnaval do Recife e comemora o resultado das vendas. “Com certeza foi uma aposta certeira a produção dessas máscaras. A procura está grande e os consumidores transformam um tema atual e sério em motivo de graça e bom humor”, enfatizou.

Dos mais procurados, o presidente do Supremo é o único que aparece bem na fita. “Eu já fechei minha fantasia para o carnaval. Vou levar uma máscara do nosso herói Joaquim Barbosa, aliado a um sobretudo para homenagear essa grande figura do cenário nacional”, explicou o estudante de economia da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Anderson Ribeiro.

Históricos

A memória política, no que diz respeito ao carnaval, anda bem viva. Já se passaram mais de 20 anos do movimento “Fora Collor”, que resultou no impeachment do ex-presidente Fernando Collor de Mello, hoje senador pelo PTB de Alagoas. Entretanto, a máscara de PC Farias, uma figura emblemática daquele escândalo, ainda é vista em grande quantidade nas prateleiras.

Outros folclóricos, como o ex-deputado federal paulista Enéas Carneiro (Prona, hoje extinto), continuam em evidência, apesar de ter falecido há quase seis anos. Nas campanhas, ele ganhou notoriedade pela barba generosa e o discurso feito sempre em ritmo acelerado, encerrado com um quase grito: “meu nome é Enéas!”. Na lista dos falecidos também está a máscara de Muamar Kadafi, ex-ditador da Líbia, falecido em 2011.

 (Felipe Barros/Esp DP/D.A.Press)

Fonte: Diário de Pernambuco/Cidade News Itaú

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