terça-feira, janeiro 08, 2013

Maioria dos prefeitos recém-empossados no país encontra caos nas prefeituras


O caos nas administrações encontrado pela grande maioria dos prefeitos recém-empossados no país já estava anunciado desde o fim do ano passado, conforme levantamento da Confederação Nacional dos Municípios (CNM). Independentemente da existência de má gestão ou improbidade administrativa, a queda do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) gerou crise nos cofres de 97,37 % dos municípios em 19 estados, fazendo com que a bomba caísse no colo dos novos administradores. Ou seja, mais de 4 mil cidades tiveram que apertar os cintos para tentar equilibrar as contas, especialmente com redução das despesas de custeio, de investimento e do quadro de servidores.

O resultado foi a queda de qualidade dos serviços públicos, com a saúde sendo a área mais afetada, seguida do setor de transporte, considerados essenciais para a população. Segundo o presidente da CNM, Paulo Ziulkoski, a pesquisa revela a triste constatação do tamanho da crise. “Nada menos do que 4.038 municípios, ou 97,37% do total pesquisado, revelam a dificuldade dos gestores para encerrar seus mandatos sem descumprir o que determina a lei, principalmente a de Responsabilidade Fiscal”, justificou.

O levantamento da CNM, realizado no fim do ano, apontou também que o estado de Minas está inserido nessa triste realidade e, como a maioria dos municípios país afora, suas cidades não conseguiram escapar da crise, com a queda do FPM atingindo 686 municípios de um total 711 que responderam à pesquisa. Essa maioria absoluta em dificuldades financeiras pode ser demonstrada ainda pelo não pagamento do 13º por 681 cidades mineiras (veja quadro). “A deteriorização das contas municipais é uma questão estrutural que vem se aprofundando há décadas. Agora está insustentável e irrecuperável”, afirma Ziulkoski.

Fonte: Estado de Minas/Cidade News Itaú

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