quinta-feira, setembro 13, 2012

EUA não podem se retirar do Oriente Médio, diz Obama


O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse nesta quinta-feira que enviou "uma mensagem muito clara" aos líderes do Oriente Médio para que protejam as sedes diplomáticas dos Estados Unidos na região.

Em entrevista à agência de notícias Efe, o chefe de Estado afirmou que prevê mais protestos anti-americanos no Oriente Médio nos próximos dias, mas disse que "os EUA não podem se retirar da região".

"Isso prejudicaria nossa segurança e, portanto, continuaremos a fazer o que sempre fizemos, ou seja, trabalhar com esses países em temas de segurança nacional e interesse comum".

O mandatário fez um chamado especial à Líbia, onde o embaixador Christopher Stevens foi morto em uma emboscada enquanto acontecia um protesto contra um vídeo ofensivo ao Islã no consulado em Benghazi.

"Continuaremos a ver protestos durante os próximos dias, mas quero enfatizar que nossos diplomatas estão em perigo todos os dias, em muitos desses destinos, mas fazem um trabalho excelente e heroico."

Ele disse esperar que os governos dos países do Oriente Médio "cooperem plenamente" "Seremos claros na hora de defender os direitos e liberdades individuais e continuaremos tendo certeza de que nossa presença na região é construtiva".

EGITO

Mais cedo, Obama disse que os Estados Unidos não consideram o Egito como um aliado mas também não enxerga essa nação como um inimigo, durante entrevista ao canal de televisão Telemundo, de Miami.

O dirigente americano afirmou que o Egito tem "novo governo ainda tenta encontrar seu caminho". A declaração foi interpretada como uma frustração nas relações entre Cairo e Washington, que possuem acordos de ajuda financeira.

O porta-voz Jay Carney tentou minimizar a declaração, dizendo que Obama levou em consideração "termos legais".

Pela visão dos americanos, Morsi não estaria sendo rigoroso o suficiente em sua resposta aos ataques à embaixada americana no Cairo, em meio a protestos contra um filme feito nos EUA que mencionava de forma negativa a religião islâmica.

A Casa Branca informou hoje que Obama conversou por telefone com os presidentes do Egito e da Líbia e pediu que continuem a trabalhar com os EUA para reforçar a segurança dos postos diplomáticos.

Em um segundo telefonema, o presidente egípcio prometeu que seu país "honraria sua obrigação de reforçar a segurança dos representantes americanos", de acordo com a Casa Branca.

Fonte: Folha de São Paulo/Cidade News Itaú

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