quinta-feira, maio 24, 2012

Mulheres saem de Guamaré e lotam prisões de Mossoró e Parnamirim


Reprodução/Blog Guamareemdias
Policial conversa com as mulheres, antes da transferência
As presas de Guamaré foram transferidas na noite de ontem para Mossoró e Parnamirim. A mesma unidade abrigava 44 detentos, entre homens e mulheres, todos no mesmo espaço. 
Em Mossoró, a unidade que recebeu parte das detentas já estava acima da sua capacidade máxima e agora enfrenta um grande problema. A medida acaba com a mistura de sexos, mas a falta de estrutura de Guamaré permanece.
A transferência foi realizada pela Polícia Militar. Das 22 mulheres que estavam presas na carceragem de Guamaré, oito vieram para o Centro de Detenção Provisória Feminina de Mossoró, que funciona improvisadamente nas celas da Segunda Delegacia de Polícia Civil, no bairro Nova Betânia (zona norte). 
Outras oito foram mandadas para Parnamirim, onde funciona outra unidade improvisada, destinada para mulheres. Das 22, cinco receberam alvará de soltura e duas foram para prisão domiciliar devido o estado de saúde (uma está grávida e é era considerada situação de risco).
De acordo com uma agente penitenciária do CDP Feminino de Mossoró que pediu anonimato, a situação da unidade já era ruim e “agora ficou ainda pior” com a chegada de uma grande quantidade de internas. 
Eles tinham 35 mulheres, mantidas em um espaço que foi projetado para ter, no máximo, 20. Agora, são 43 presas, piorando ainda mais a situação. 
Segundo o subtenente Luiz Carlos de Sousa, comandante do Destacamento da Polícia Militar de Guamaré, não há mais mulheres detidas naquela unidade. 
O problema da mistura dos sexos foi resolvido, no entanto, os outros problemas, tão graves quanto, ainda continuam. O prédio está esburacado e as paredes são extremamente frágeis, não há agentes penitenciários para fazer a custódia dos presos, não há policiais civis para investigar os crimes ocorridos na cidade, etc.

Fonte: Defato

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