quarta-feira, agosto 09, 2023

Comissão da Câmara aprova proposta que dispensa avaliação periódica para aposentados e beneficiários do BPC em caso de deficiência definitiva


A Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (9) um projeto que dispensa avaliação periódica para aposentados e beneficiários do Benefício de Prestação Continuada (BPC) que tenham obtido o direito em razão de deficiência definitiva.


O texto já havia tramitado pelas comissões de Saúde e de Finanças e Tributação e, com isso, seguirá para o Senado.


A votação desta quarta-feira ocorreu de maneira simbólica, isto é, sem contagem de votos dos parlamentares. Durante a sessão, não houve discurso contrário ao projeto.


De acordo com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) o aposentado por incapacidade permanente deve ser reavaliado pela perícia médica do próprio INSS a cada dois anos, para comprovar que permanece incapacitado.


Ainda de acordo com o INSS, segurados com 60 anos ou mais, independente do tempo de benefício. Ou com 55 anos de idade e mais de 15 anos de benefício são isentos.


No caso do BPC, segundo o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, a reavaliação da deficiência em todos os casos deve ser feita a cada dois anos.


Argumentos

O autor do projeto, ex-deputado Rôney Nemer, argumentou que "muitos" aposentados por incapacidade e beneficiários do BPC têm deficiência definitiva, mas o poder público exige a apresentação de laudos médicos atualizados para avaliação periódica, o que, para ele, não tem "o menor sentido".



Na mesma linha, o relator da proposta, deputado Guilherme Boulos (PSOL-SP), afirmou em seu parecer que essas pessoas contribuíram enquanto puderam e, na condição de aposentados por incapacidade ou beneficiários do BPC, merecem "respeito" e "zelo" por parte do poder público.


"Nesse sentido, o mérito do projeto de lei em apreço, cuja aprovação significará efetiva melhora na vida de pessoas que são obrigadas a se submeterem a perícias injustificadas", escreveu o relator.


Fonte: g1

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Sua opinião é muito importante para nós, comente essa matéria!