Passado quase um mês desde a explosão de um carro em um posto de combustíveis de Parnamirim, na Grande Natal, as três mulheres que estavam dentro do veículo seguem internados no Centro para Tratamento de Queimaduras (CTQ) do Hospital Walfredo Gurgel, na Zona Leste de Natal.
Uma paciente está na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI). Apesar do quadro de saúde das três pacientes ser considerado grave, elas estão estabilizadas, segundo o diretor do setor, o médico Marco Almeida.
Maria Lourdes Nogueira, de 60 anos, segue internada na enfermaria do Centro de Tratamento de Queimados do Rio Grande do Norte. A paciente menos grave, entre as três envolvidas no acidente, ela teve cerca de 30% do corpo queimado.
"Nasci de novo. Minha filha foi uma heroína. Ela se sacrificou por todos nós, porque ela nos tirou [do carro] para poder sair", contou dias após o acidente.
As outras duas vítimas são a filha dela, Paloma Rayssa Nogueira Galdino, de 29 anos, e a amiga Rita Cortez Lopes, de 62, que tiveram mais de 50% do corpo queimado. Em várias partes, as queimaduras foram de terceiro grau.
Ambas seguiam na UTI até o início da tarde desta quarta-feira (9), mas Rita já havia recebido alta e aguardava transferência para a enfermaria do CTQ. Ela passou por uma traqueostomia e foi desentubada há dois dias.
Paloma aguardava, na tarde desta quarta-feira (9), a implantação de uma pele alógena, que funciona como curativo biológico para que o pacientes perca menos nutrientes pela superfície corporal. Segundo o médico, o material chegou do Rio de Janeiro.
Não há prazo previsto para saída das pacientes do hospital. Segundo o diretor, as três pacientes precisam de doações de sangue, que podem ser feitas no Hemonorte.
A explosão
As três mulheres viajavam para a cidade de Rafael Godeiro, no interior do RN, para um velório, no dia 12 de julho. O carro que explodiu era de Maria Lourdes e havia acabado de passar por uma revisão.
A explosão ocorre menos de um minuto depois do carro começar a ser abastecido com gasolina em um posto de combustíveis de Parnamirim, na Grande Natal. O frentista que realizava o serviço saiu ileso, apesar do susto.
Frentistas e funcionários do posto aparecem atordoados após a explosão. Nesse momento, o primeiro que surge com um extintor é o dono de uma lanchonete que fica no posto.
"Na hora da explosão eu levantei a cabeça, vi que era fogo e disse: 'Não, tenho que ir lá ver o que é e tentar ajudar", contou.
Ele disse que costuma às 5h30 para comprar pão, mas exatamente no dia do acidente, atrasou. "Eu estou rouco de gritar, pedir ajuda", falou.
Fonte: g1
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