quinta-feira, novembro 03, 2022

Ministros do STF veem jogo duplo do governo Bolsonaro na atuação para liberar as rodovias do País, bloqueadas ilegalmente por manifestantes golpistas

Segundo o blog apurou, o ministro da Justiça, Anderson Torres, tem conversado com integrantes do STF (Supremo Tribunal Federal) nos últimos dias sobre a crise e já chegou a alegar, por exemplo, que as polícias federais não teriam efetivo suficiente para superar a crise.


Ministro da Justiça, Anderson Torres, durante audiência em comissão na Câmara — Foto: Elaine Menke/Câmara dos Deputados


O argumento foi rechaçado por ministros da Corte já que, lembraram eles ao ministro da Justiça, em 2018, PF, PRF e Força Nacional resolveram o desbloqueio das rodovias em paralisação maior de caminhoneiros – além de o efetivo da Polícia Militar já estar nas ruas desde segunda.


Em meio a relatos de Torres de que a polícia estaria tendo dificuldade em desobstruir as rodovias, ministros do STF enviaram a ele reportagens com vídeos das torcidas organizadas do Galo e da Fiel que, em deslocamento para acompanhar seus times jogarem, liberaram rodovias em São Paulo e no Rio de Janeiro.



Diante da insistência de Torres, ministros passaram a receber a fala como um pretexto, uma "jogada" do governo Bolsonaro para tentar colocar militares nas ruas – e confundir a população com a imagem de fardados em meio a manifestações ilegais.


O foco dos ministros do STF é cobrar explicações da direção da Polícia Rodoviária Federal – que está ameaçada, inclusive, de ser afastada e presa. Na conversa que Jair Bolsonaro (PL) teve com ministros do STF, na terça-feira (1º), Rosa Weber agradeceu ao presidente por fazer um pronunciamento que, em sua visão, desautorizava as manifestações.


Em resposta, Bolsonaro disse aos ministros do STF que a cúpula da PRF era muito boa e faz o que pode. A fala de Bolsonaro foi vista pelo STF como uma blindagem do governo de Silvinei Vasques, diretor-geral da PRF. Nesta quinta (3), está prevista uma nova conversa entre Torres e ministros do STF, à tarde.


Fonte: g1

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