quinta-feira, julho 01, 2021

Coronel nega ter participado de jantar em que diretor da Saúde teria pedido propina



O coronel Alexandre Martinelli, ex-integrante do Ministério da Saúde, divulgou um vídeo nesta quinta-feira (1º) no qual negou ter participado do jantar em que, segundo o policial Luiz Paulo Dominguetti, um diretor do ministério teria pedido propina em troca da assinatura de um contrato entre a pasta e a Davati Medical Supply.


Dominguetti foi ouvido nesta quinta pela CPI da Covid porque disse que, nesse jantar em Brasília, em fevereiro deste ano, o então diretor de Logística do Ministério da Saúde, Roberto Dias, pediu propina de US$ 1 por dose de vacina. Dias nega a acusação e diz ver "terceiros" interessados na denúncia.


Durante o depoimento de Dominguetti nesta quinta, foi exibida a imagem do coronel Martinelli. O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) perguntou a Dominguetti se o militar teria participado da reunião. O depoente, então, respondeu: "Acredito que seja". Em seguida, o relator da CPI, Renan Calheiros (MDB-AL), emendou: "Estava acompanhando o pessoal no restaurante."


O vídeo do coronel

No vídeo de Martinelli, divulgado pelo advogado dele, André Jansen, o coronel afirma que trabalhava com "atividades-meio" do ministério e que "jamais" participou de jantar com Dias ou empresários.


"Fiquei sabendo hoje [quinta, 1º] que saiu meu nome na televisão como tendo participado de uma suposta reunião com o senhor Roberto Dias para tratar de vacina no dia 25 de fevereiro. Quero dizer que ainda não estou ciente de todas as declarações e acusações, mas quero dizer que jamais participei de qualquer jantar com o senhor Roberto Dias, muito menos para tratar de vacinas, nem com empresários", afirmou.


"Na minha função dentro do Ministério da Saúde, trabalhava com as atividades-meio do ministério. Assuntos referentes a aquisição de vacina e compra de vacina nunca me diziam respeito nem nunca tomei parte de qualquer reunião", completou Martinelli.


O jantar

Em entrevista ao jornal "Folha de S.Paulo", Dominguetti disse que, no jantar em fevereiro deste ano, Roberto Dias pediu propina de US$ 1 por dose de vacina para que o Ministério da Saúde assinasse um contrato com a Davati Medical Supply. Conforme a reportagem da "Folha", a negociação envolvia 400 milhões de doses.


Ainda de acordo com a "Folha", Luiz Paulo Dominguetti disse que Dias afirmou que, "para trabalhar dentro do ministério, tem que compor com o grupo".


Pereira, então, questionou qual seria esse grupo, e, de acordo com a publicação, o diretor respondeu que o acordo não avançaria se a Davati não compusesse com "o grupo".


Ao jornal, o representante da empresa disse ter respondido a Roberto Ferreira Dias que a companhia não opera assim, ao que o diretor do ministério pediu a ele que pensasse "direitinho" porque, "se quiser vender vacina no ministério, tem que ser dessa forma".


Fonte: G1

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