quinta-feira, outubro 05, 2017

Meirelles muda estimativa e agora prevê aprovação da reforma da Previdência em novembro

Previsão anterior de Meirelles era de que a reforma da Previdência seria aprovada até outubro (Foto: Reuters/Leonardo Benassatto)
O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse nesta quinta-feira (5) que prevê a aprovação da reforma da Previdência na Câmara em novembro. Nos meses anteriores, ele afirmou diversas vezes que o texto seria aprovado até outubro.
A mudança de prazo ocorre após o presidente Michel Temer ser denunciado pela segunda vez pela Procuradoria Geral da República. A Câmara deverá votar em plenário se Temer deve ou não ser investigado durante o seu mandato.
A reforma da Previdência é uma das principais pautas da agenda econômica de Meirelles. O ministro da Fazenda diz que sem a mudança nas regras de aposentadorias e pensões as contas públicas não fecham.
Refis
O ministro da Fazenda também comentou a aprovação no Senado nesta quinta-feira (5) da medida provisória que cria o Refis, programa que permite a pessoas físicas e jurídicas a renegociação das dívidas tributárias com a União.
Ele disse que ainda está analisando seque for vai recomendar ao presidente da República o veto ou sanção da lei.
O texto original enviado pelo governo federal foi alterado no Congresso e concedeu mais benefícios às empresas que devem à União. Isso reduz a capacidade de arrecadação do programa e beneficia os maus pagadores.
Embates com o BNDES
Meirelles também foi questionado por jornalistas sobre os recentes embates entre a Fazenda e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O Tesouro Nacional cobra do BNDES a devolução de R$ 180 bilhões que foram aportados no passado no caixa do banco.
Mas o presidente do BNDES, Paulo Rabello de Castro, afirmou nesta quarta-feira (4) que a devolução do valor em 2018 é "materialmente impossível".
Meirelles disse que é normal que cada um defenda os interesses da instituição que representa e que tem um relacionamento cordial com Rabello.
Ele afirmou ainda que a equipe econômica está discutindo um número alternativo se o BNDES não puder devolver o valor cobrado.
"Nossa proposta já foi feita que acredito que seja adequada dentro da disponibilidade de recursos do banco," afirmou. "É normal que a direção do banco defenda o menor valor possível."

Fonte: G1

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