quinta-feira, outubro 05, 2017

“Se o MPT fizer o que estão dizendo será uma tragédia para a indústria têxtil”, afirma empresária

As facções do município de São José do Seridó se encontram em pânico em terem suas portas fechadas devido à ação do Ministério Público do Trabalho (MPT/RN), que ameaça cobrar multas a Guararapes por questões trabalhistas, ameaçando a continuidade do Programa Pró-Sertão.

Uma destas facções é a Facção “Araújo e Câmara”, chefiada pela empresária Marionele Medeiros. A empresa funciona desde 2009, mas só ingressou no Pró-Sertão em 2013, no qual passaram a ser subsidiados pelo Grupo Guararapes, que investiram em maquinário e capacitação dos funcionários.

“Nossa parceria é leal e transparente. Desde que iniciamos os trabalhos com o grupo Guararapes tudo é criterioso. O salário dos nossos funcionários é em dia e nós atendemos todas as determinações das leis trabalhistas”, explicou a empresária.

Atualmente a facção tem 36 funcionários trabalhando oito horas por dia, além de uma produção de 600 peças por dia. Outro ponto bastante comemorado pelos empregados é o bônus por produção, o que acrescenta em mais de 35% nos salários em caso de “meta batida”.

No entanto a medida controversa do MPT/RN ameaça esta estabilidade segundo Marionele Medeiros. “Se eles realmente fizerem o que dizem que vão fazer será uma tragédia para a indústria têxtil da cidade”, desabafou.

OPORTUNIDADE AMEAÇADA

A costureira Kelly Ravena (Foto: Ney Douglas)

As facções são para os municípios como um oásis de oportunidades em meio a uma seca de chances e a costureira Kelly Ravena Silva é exemplo que as tecelagens são um celeiro de oportunidades.

Empregada há um mês na Facção Araújo Câmara ela comentou das dificuldades em conseguir um trabalho no município. “Eu permaneci um ano procurando trabalho e nada me aparecia até que a facção me deu uma chance e eu a agarrei com unhas e dentes. Eu estou aqui realizada por trabalhar e sustentar meu lar”.

Kelly Ravena é mãe solteira de duas crianças e mora com seus pais, cabendo a ela o sustento de sua família com o dinheiro que recebe na Facção e teme que volte a passar dificuldades caso o Programa Pró-Sertão seja cancelado.

“Não sei de onde eles tiraram que nós somos explorados. Trabalho de carteira assinada, recebo o piso e as condições de trabalho são maravilhosas. Aqui não se tem aquela pressão absurda em produzir, nem irregularidade do que quer que seja. Agora se eles fecharem a facção como estão dizendo ai, minha família irá passar dificuldade, pois perderá o sustento”, afirmou a funcionária insegura sobre seu futuro. 

Fonte: Portal no Ar

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