segunda-feira, dezembro 12, 2016

Justiça aceita denúncia contra conselheiro do Condepe por ligação com facção

http://cidadenewsitau.blogspot.com.br/A justiça de São Paulo aceitou a denúncia do Ministério Público contra o conselheiro do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana do Estado de São
Paulo (Condepe) Luiz Carlos dos Santos e mais 53 pessoas acusadas de participar de um esquema de apoio a integrantes da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), que controla o crime organizado dentro e fora dos presídios do estado.

Santos foi preso em 22 de novembro e foi afastado do Condepe após o ocorrido. Em depoimento, ele confessou ter recebido R$ 2 mil de uma advogada chamada Vanila Gonçales, desde janeiro de 2015, para que usasse sua influência como vice-presidente do Condepe para falar com desembargadores Antonio Carlos Malheiros e Luiz Edmundo Marrey, que representam o Tribunal de Justiça na composição no Condepe, sobre falsas denúncias de maus tratos em unidades prisionais onde estão integrantes do PCC.

Nas declaração, Luiz Carlos disse que nunca chegou a falar com os desembargadores sobre essas denúncias, que ele mesmo chegou a visitar alguns dos presídios e verificado que elas não eram verdadeiras. 

O processo está a cargo do juiz Gabriel Medeiros, da 1ª Vara de Presidente Venceslau, com base em um inquérito que apurou a participação dele e de outros advogados suspeitos de movimentar dinheiro do crime organizado em suas contas bancárias e ainda de ajudar a criar uma espécie de banco de dados com os nomes e endereços de agentes penitenciários e de seus parentes. 

Entre os denunciados no esquema está também Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, apontado como líder da facção.

O juiz Gabriel Medeiros determinou ainda a quebra de sigilo fiscal e bancário de alguns dos acusasos, "como forma de permitir boa elucidação dos fatos, considerando a complexidade do caso", afirmou o magistrado.

Suspeitas do MP
A investigação começou em Presidente Prudente, onde estão dois presídios de segurança máxima. Em maio de 2015, uma carta foi interceptada por um agente penitenciário, durante procedimento de varredura de rotina. A partir dela, a Polícia Civil descobriu uma célula denominada “sintonia dos gravatas” – modo como é tratado o departamento jurídico da facção criminosa. Ela foi criada inicialmente para prestação de serviços exclusivamente jurídicos aos líderes da facção, mas acabou evoluindo, e seus integrantes passaram a ter outras funções na organização.
Atualmente essa célula simulava visitas jurídicas aos líderes presos, fazendo elo de comunicação de atividades criminosas entre os presos e aqueles que estão em liberdade, em “verdadeiras relações de promiscuidade”, segundo a Polícia Civil.
Ainda de acordo com a polícia, dois advogados, integrantes da célula, prometeram à liderança da organização que conseguiriam se tornar conselheiros do Condepe. Como não conseguiram, realizaram a aproximação a Luiz Carlos dos Santos e ofereceram dinheiro em troca de “serviços escusos” do Condepe.

Fonte: G1

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