O eletricista Ricardo Siqueira Soares, de 38 anos, descobriu, ao dar entrada no seguro-desemprego, que é considerado morto pelo Instituto Nacional do Seguro Social
“Para pagar os impostos, a declaração de imposto de renda, dos meus encargos, eu estava vivo. Aí, eu saio da empresa. Na hora de ter os benefícios, estou morto. Por que me mataram só na hora de receber? É constrangedor”, reclama Soares.
De acordo com o eletricista, que mora em Catalão, no sudeste goiano, ele passou pela mesma situação em 2008. Na época, Soares conta que quase foi preso por estelionato.
“O atendente me perguntou se eu estava com a identidade. Eu falei que estava com a carteira de habilitação. Devido à minha carteira de trabalho ser antiga, com a foto bem mais jovem, não tinha muita característica minha porque quando eu usei a outra carteira de trabalho eu não usava óculos nem nada. Aí eu mostrei para ele a habilitação e ele falou que quase ia chamar a policia porque estava achando que eu fosse estelionatário”, contou.
Soares soube que a confusão é por causa de um homônimo, que já morreu. Ele afirma que só comprovou o erro no Ministério do Trabalho dois anos depois.
O eletricista não imaginou que ia passar pela mesma situação na última demissão, em maio de 2016. Ele conta que não sabe mais o que fazer para pagar as despesas. “Já fui dispensado de vários serviços pelo fato de meu PIS [Programa de Integração Social ] estar cancelado”, conta.
Em nota, a assessoria do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) informou que Soares precisa voltar à agência do órgão em Catalão para esclarecer a situação.
Fonte: G1
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