quarta-feira, março 16, 2016

Cinco suspeitos são detidos por ofensas racistas contra Taís Araújo

Taís Araújo recebe comentários racistas em página no FacebookUma operação liderada pela Policia Civil do Rio com apoio da Senasp (Secretaria Nacional de Segurança Pública) resultou na prisão de quatro suspeitos e na apreensão de
um menor pelas ofensas racistas em redes sociais contra a atriz Taís Araújo.

Com participação de equipes da Polícia Civil dos estados de São Paulo, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Paraná, Bahia e Minas Gerais, a ação deflagrada nesta quarta-feira (16) também incluiu 11 mandados de busca e apreensão.

No município de Brumado, na Bahia, a polícia prendeu Tiago Zanfolin Santos da Silva, 26, acusado de "injúria racial" contra Taís Araújo, assim como outras atrizes e apresentadores da TV Globo.

O delegado Leonardo Rabelo, coordenador da Coordenadoria de Polícia do Interior (Coorpin) em Brumado, disse que o acusado é "integrante de uma organização criminosa, que, pela internet, fez vários ataques racistas a atrizes, jornalistas e apresentadoras, como Taís Araújo, Sheron Menezes, Cris Vianna, Maria Júlia Coutinho, Xuxa Meneghel e Angélica".

Santos da Silva é funcionário de uma loja de informática e estava em casa no momento da prisão. De acordo com a Polícia Civil da Bahia, foram apreendidos um notebook, uma CPU e um celular.

Em São Paulo, um menor foi apreendido. Ele é apontado como um dos líderes do grupo que disseminava ofensas raciais pela internet.

O terceiro suspeito foi preso no município de Navegantes, em Santa Catarina.

Outro mandado de prisão foi cumprido em São José dos Pinhais, no Paraná. Neste caso, o acusado já estava preso desde dezembro de 2015 por crimes praticados na internet.

A atriz Taís Araújo divulgou uma breve nota sobre a ação da polícia nesta quarta: "É importante saber que a Justiça deu continuidade à denúncia e espero que crimes contra os negros não fiquem mais impunes".

GRUPO

Em Porto Alegre, ao cumprir um mandado de busca e apreensão, a polícia encontrou ainda inúmeras fotos de crianças entre um e cinco anos de idade relacionadas à pornografia. O dono do material foi preso em flagrante sob acusação de prática de pedofilia.

De acordo com a investigação da DRCI (Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática), coordenada pelo delegado Alessandro Thiers, os acusados formaram um grupo para espalhar os ataques racistas por redes sociais e em mensagens divulgadas pelo aplicativo Whatsapp.

"Eles têm até um estatuto e quem não segue as regras é excluído ou punido pela organização. Esta fase da investigação trata apenas dos administradores dos perfis. A investigação ainda prossegue para identificar as pessoas que propagaram essas mensagens", disse o delegado, em entrevista à TV Globo.

No Paraná, em São José dos Pinhais, um homem que já estava preso desde dezembro de 2015 por crimes na internet recebeu um novo mandado de prisão.

Fonte: Folha de São Paulo

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