Suspeito de ser o matador do prefeito de Elias Fausto é preso em Indaiatuba

A Polícia Civil de Piracicaba (SP) prendeu na manhã desta quarta-feira (18) um jovem de 24 anos suspeito de ter matado a tiros o prefeito de Elias Fausto (SP),

Laércio Betarelli (PSDB). Um empresário do setor imobiliário também está preso sob a suspeita de ter encomendado o assassinato, que aconteceu no início de outubro.

O acusado de ter dado os seis tiros que mataram Betarelli foi encontrado em Indaiatuba (SP) pela equipe da Delegacia de Investigações Gerais (DIG), que cumpriu mandado de prisão expedido pela Justiça contra o jovem.

A Polícia informou que dará mais detalhes sobre o caso e a identidade do suspeito na tarde desta quarta-feira.

Laércio Betarelli tinha 58 anos e foi morto no dia 2 de outubro quando visitava, sozinho, a obra para canalização de um córrego no bairro Carimã, na periferia de Elias Fausto. Logo após o homicídio, a Secretaria de Segurança Pública do estado informou que o prefeito havia sido vítima de uma emboscada, uma execução planejada por algum desafeto.

Empresário é acusado de ser mandante do crime
contra o prefeito (Foto: Divulgação/Polícia Civil)

Mandante

No dia 22 de outubro, o empresário Sérgio Vicente Picão, de 42 anos, foi preso acusado de ser o mandante do assassinato. Na ocasião, a Polícia Civil informou que o crime teve motivação "econômica" porque Picão pretendia lançar loteamentos irregulares em Elias Fausto, mas os planos eram sempre frustrados por iniciativas do prefeito.

Também na data, a polícia divulgou o retrato falado do jovem suspeito de ter disparado contra Betarelli. O rapaz, no entanto, ainda estava foragido.

Defesa do empresário

Na semana passada, 20 dias após a prisão de Sérgio Vicente Picão, o advogado do empresário afirmou que pediria liberdade provisória do cliente, já que a Polícia Civil ainda não havia localizado o atirador e nem o valor que Picão teria pago pela morte do prefeito.

Reatrato falado do suspeito de matar o prefeito
de Elias Fausto (Foto: Divulgação/Polícia Civil)

O advogado Osvaldo Flausino Junior disse ao G1 que a prisão do cliente é uma "armação" para dar "uma resposta rápida sobre o crime para a sociedade". Ele também criticou a forma como as investigações foram conduzidas. À polícia, o empresário negou participação no assassinato.

Evidência

Uma caminhonete Fiat Strada levou a investigação até o empresário. Picão comprou o veículo poucos dias antes do crime e tentou devolvê-lo depois após a morte do prefeito. O utilitário era usado para acompanhar a rotina de Betarelli, segundo a polícia, e foi visto no local do assassinato.

O veículo foi encontrado no dia 23 de outubro no Distrito de Cardeal. O Secretário de Segurança Pública de São Paulo afirmou que o motorista da caminhonete seguiu o prefeito no dia do crime. "Temos fotos de radares que mostram o automóvel fazendo o mesmo caminho da vítima", ressaltou.

Fonte: G1