Inep rebate reclamação de expulsão de aluno do Enem por chaveiro

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) rebateu, via Twitter, os questionamentos de um usuário da rede social que criticava os

critérios para a eliminação de candidatos do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). O usuário se identificou como pai de um estudante eliminado e condenava a exclusão do filho, que estava com um chaveiro e um controle remoto de garagem no bolso.

Na postagem direcionado ao usuário, a conta oficial do órgão reiterou que "o edital informa que o participante deve guardar equipamentos eletrônicos em embalagem porta-objetos".

O caso teria acontecido em Macapá, no Amapá. O jovem, chamado João Flávio Ribeiro, de 21 anos,  já estava fazendo a prova quando foi convidado a se retirar da sala de aula por uma autoridade policial.

Ele pediu para ir ao banheiro e o detector de metais apontou a presença dos itens em seu bolso. O candidato foi, então, imediatamente eliminado pelo coordenador da unidade. 

Em sua conta no Twitter, Adalberto Ribeiro, que afirmou ser pai do estudante, questionou o Inep sobre a decisão que considerou "um excesso descabido". "O edital visa evitar fraudes. Ser eliminado por um controle remoto de portão é demais", acrescentou ele na rede social. 

De acordo com Adalberto, seu filho pediu para ir ao banheiro e, antes de passar pelo sensor de metais, mostrou ao fiscal que portava o chaveiro com um controle remoto eletrônico do portão da garagem. O coordenador da escola foi chamado e a eliminação do candidato foi decidida.  "Se João tivesse realmente alguma má intenção, nem teria mostrado ao funcionário o chaveiro", diz Adalberto.

João é aluno do curso de direito na Universidade Federal do Pará. Desde o início de 2015, está estudando para tentar ser aprovado em medicina. "Meu filho está se identificando pouco com sua faculdade e gostaria de tentar realizar o sonho de mudar de carreira", conta o pai do aluno. "Ele foi eliminado depois de um ano inteiro se preparando. Perdeu todo esse tempo, agora vai precisar trabalhar o lado psicológico para continuar estudando."

De acordo com Adalberto, a família está chateada. "Agora é esfriar a cabeça e registrar o caso nas redes sociais", diz.

O homem também pediu ao orgão organizador do exame que a eliminação fosse revista. Ainda no Twitter, ele sugeriu, como alternativa, que o filho realizasse a prova em Santa Catarina. A possibilidade levantada por Adalberto não foi nem respondida pelo Inep. Ignorado pelo instituto na rede social, só lhe restou lamentar: "um ano de prejuízo e de metas adiadas".

Inep respondeu a usuário que questionava critério de eliminação do Enem (Foto: Reprodução/Twitter)

Fonte: G1