segunda-feira, abril 20, 2015

Homem é atacado por bugio e leva 30 pontos na cabeça em São Borja, RS

Aposentado levou 30 pontos depois de ser atacado por bugios em São Borja, RS (Foto: Reprodução/RBS TV)Um aposentado precisou levar 30 pontos na cabeça após ter sido atacado por um bugio na Praça Quinze de Novembro, no Centro de São Borja, na Fronteira Oeste do
Rio Grande do Sul. O macaco, um dos cinco que vivem entre as árvores no local, atacou por duas vezes o homem que, durante 18 anos, costumava alimentar os animais.
"Eu estava caminhando na calçada e ela se pendurou. Foi horrível na hora, imagina. Veio uma sangueira braba, queria que tu visses", conta o aposentado Luiz Carlos Santos Michel.
Foi a segunda vez que Michel foi atacado pelos animais. Ele conta que tinha uma banca de jornal na praça. Todos os dias, ele levava banana para a turma comer. No dia em que apareceu sem nada, umas da fêmeas teve uma reação surpreendente. "Até desconfiei que a primeira vez que ela me atacou foi por causa que ela estava com filhote", conta o aposentado.
Recuperado do susto, Michel voltou a alimentar os companheiros. Mas dois meses depois, foi novamente atacado pela macaca. "Eu tenho a impressão de que é só comigo. Nunca fizeram nada com os outros. Não sei porque ela faz", diz o aposentado.
Os animais moram há quase 20 anos na praça, e não há registros de outros casos semelhantes neste período. O ambientalista Darci Bergmann acredita que os ataques a Michel tenham relação com a dependência dos bugios à comida que ganham dos moradores. Como o aposentado deixou de alimentar os animais, foi atacado.
"No momento em que é interrompido este ciclo, o animal se torna agressivo, vai em busca da fonte de alimento e identifica inclusive a pessoa que fornecia alimento. Aí, se a pessoa não repassar mais estes suprimentos alimentares, o bicho se torna agressivo", explica Bergmann.
Os moradores, no entanto, descartam a saída dos animais. "Minha opinião é que os bichinhos permaneçam aqui. Eles não são agressivos", diz o aposentado Paulo Rodrigues.
Bergmann concorda, mas adverte os moradores que é perigoso alimentar os animais. "O que temos de fazer é conversar com as pessoas não alterar a fonte de alimento deles, deixar que eles vão buscar sua subsistência, não dar suprimento de alimento. Às vezes o pessoal dá pão que tem fermento, e não faz parte da dieta do animal, então isso altera o comportamento dele", diz o ambientalista.
Michel, no entanto, prefere não voltar ao antigo local de trabalho. "Estou proibido de ir à praça agora", diz.

Fonte: G1

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