sábado, fevereiro 21, 2015

Ministério Público denuncia prefeito de Caracas por golpe contra Maduro

Protesto em CaracasO Ministério Público da Venezuela enviará nesta sexta-feira (20) a denúncia contra o prefeito de Caracas, Alberto Ledezma, acusado de "conspiração para organizar e
executar atos violentos" contra o governo do presidente Nicolás Maduro.

Ledezma foi preso em uma operação do Serviço Bolivariano de Inteligência Nacional (Sebin) na tarde de quinta (19), enquanto estava em seu escritório privado. A detenção ocorreu em virtude de uma ordem judicial pedida pelo órgão.

Segundo os promotores Katherine Harington y Yeison Moreno, Ledezma está envolvido na realização de vários vídeos em que pessoas manifestaram sua intenção de atacar prédios públicos e privados para provocar o caos no país.

Neste caso, foram presos Lorent Gómez Saleh, Gabriel Valles, Ronny Navarro, Gerardo Carrero e Renzo Prieto. Gómez Saleh, dirigente da ONG Operación Libertad, foi deportado em 2014 enquanto estudava na Colômbia.

Na ocasião, o governo divulgou fotos em que Gómez Saleh e outros integrantes da ONG aparecem com fuzis e outras armas pesadas. A partir disso, o Ministério Público acusou-os de fazer treinamento militar no país vizinho para tentar derrubar o presidente.

Os promotores não divulgaram qual seria a relação de Ledezma com os demais presos. O prefeito está preso na sede da agência de inteligência, onde nas últimas horas foi permitido o acesso de seu advogado de defesa e de sua mulher, Mitzy Capriles de Ledezma, que em seguida participou de um ato em Caracas.

O opositor Henrique Caprilles, governador do estado de Miranda, rechaçou a prisão de Ledezma e acusou o presidente Nicolás Maduro de tentar desviar a atenção sobre a crise econômica que assola o país.

"O que quer Nicolás com isso? Esconde a crise? Não se pode esconder a crise prendendo Ledezma", disse Caprilles nesta sexta.

"Toda autoridade que realiza um procedimento deve estar identificada. Quem se identificou ontem, se entraram à força no gabinete?" afirmou o opositor, ressaltando as irregularidades da operação que deteve o prefeito de Caracas.

"Os que criticam o passado estão fazendo o mesmo ou pior do que aquilo que criticam", adicionou Caprilles.

Fonte: Folha de São Paulo

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