quinta-feira, novembro 13, 2014

Eleição da Copa tem presente de R$ 5 mil, festa de luxo e emprego de favor

 http://cidadenewsitau.blogspot.com.br/Um relatório do Comitê de Adjudicação da Fifa mostrou os bastidores das escolhas das sedes da Copa de 2018 e 2022. Estão lá descritos presentes de R$ 5 mil,
festa de gala gratuita, empregos de favor e pagamentos vultosos para cartolas poderosos da federação internacional pelos países-cadidatos. Poderia se esperar um escândalo. Mas a entidade declarou que a eleição não fora comprometida, não prevê punição a ninguém e manteve as vitórias da Rússia e do Qatar.

O relatório divulgado pela Fifa sequer é completo visto que o chefe do comitê de ética, Micheal Garcia, que conduziu a investigação, questionou o publicamente. Ele afirmou que o documento publicado é incompleto e contém erros. Recorreu da decisão do Comitê de Adjudicação.

Do que foi revelada, sua investigação mostrou um mundo de lobby, troca de favores, pagamentos suspeitos e delações na busca pelo Mundial, votação feita em 2010. A tal ponto que mimos de valores altos são vistos com indiferença pela entidade.

Um exemplo foram os presentes dados pelo comitê de candidatura do Japão aos membros do Comitê Executivo da Fifa, que foram os votantes nesta eleição, e suas mulheres. Os japoneses deram bolsas e câmeras, entre outros brindes, em valores entre R$ 1.500 e R$ 5 mil. Não há informação de devolução.

Um favor ainda maior foi feito pela candidatura do Qatar sobre quem recai a maior suspeita de compra de votos. O comitê de candidatura do país pagou por um congresso e um jantar de gala da Confederação Africana de Futebol no valor to US$ 1,8 milhão (R$ 4,6 milhões). A investigação diz que o valor pode ser ainda maior. Em troca, só o país árabe podia fazer campanha no evento.

Ligado a candidatura, o qatari Mohammed bin Hammam, ex-membro da Fifa, fez uma série de pagamentos comprovados para cartolas da entidade. Originalmente, esse dinheiro seria para comprar votos na eleição para presidente, quando enfrentaria Joseph Blatter. Mas o relatório apontou possível ligação do dinheiro a Reynald Temarii, da Oceania, com votos da Copa.

Outra questão do Qatar foi um amistoso entre Brasil e a Argentina, em Doha, bancado por um conglomerado do país. O contrato com a AFA (Associação de Futebol Argentina) gerava questões sobre relação com a escolha da Copa.

Pedidos de favor para a candidatura inglesa, feitos por poderosos da Fifa, também foram identificados. O documento diz que Jack Warner, ex-vice da Fifa, requisitou que arrumassem emprego no Reino Unido para um conhecido. E os ingleses estavam dispostos a atendê-lo. Isso fora outros três pedidos de benefícios de cartolas da federação relatados por Lord Triesman, ex-chefe da candidatura inglesa.

À parte esses benefício, os bastidores da escolha tem pelo menos dois delatores usados pela Fifa, e descartados por falta de credibilidade, computadores destruídos e sumidos do comitê de candidatura da Rússia, e promessas de projetos de desenvolvimento em altos valores para países dos cartolas da Fifa.

A tudo isso, a federação internacional reagiu com otimismo por considerar o processo de eleição das Copas 2018 e 2022 livre de comprometimento. O relatório do comitê de adjudicação afirmou que não há provas de corrupção, nem compra de votos. Em resumo, encerrou a questão.

Fonte: Uol

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