quinta-feira, novembro 13, 2014

Delegado revela detalhes do ritual macabro de trio de canibais

Fhttp://cidadenewsitau.blogspot.com.br/O júri popular do caso dos canibais de Garanhuns, realizado nesta quinta-feira (13) no Fórum de Olinda, teve sua primeira etapa
concluída. Após o médico-psiquiatra Lamartine Holanda, o delegado Paulo Berenguer, segunda testemunha a ser ouvida, explanou à acusação, à defesa e à juíza Maria Segunda Gomes. Responsável pelas investigações sobre a morte de Jéssica Camila da Silva Pereira, em Olinda, o delegado detalhou o papel de cada acusado no assassinato.

“De acordo com os depoimentos dos réus, soubemos que a Isabel passou a faca à Jorge, que deu um golpe na jugular da vítima enquanto Bruna a segurava por trás. Os relatos afirmam que a vítima agonizou e se debateu, enquanto eles a levaram para o banheiro, ligaram o chuveiro e deixaram escorrer todo o sangue, que era um suposto ato para purificação. Depois disso, desossaram o corpo e cortaram as partes”, narrou Berenguer ao apontar, em diversos momentos, a premeditação do ato criminoso.

Baseados numa seita criada pelo próprio Jorge Beltrão, o Cartel, o trio esclareceu à Polícia que escolhiam mulheres que “não contribuíam à sociedade”: desempregadas, marginalizadas que viviam nas ruas. A ideia era “libertar o espírito” de tais pessoas e, ao mesmo tempo, contribuir para o controle populacional do mundo. Além de Jéssica e das duas vítimas de Garanhuns – Alexandra Falcão e Giselly Helena da Silva – os suspeitos já teriam em visto outras três possíveis vítimas, com as mesmas características.

Criança é peça para entender plano macabro

Jéssica Camila, a vítima morta em Olinda, vivia nas ruas de Boa Viagem, vendendo guloseimas no sinal. Segundo o delegado Paulo Berenguer, a jovem levava a filha pequena para sensibilizar os clientes. Neste cenário de mendicância é que Isabel Cristina conheceu a garota e prometeu ajudá-la, com uma proposta de trabalho decente e muito bem remunerado. No fundo, segundo afirmou à Polícia, o que movia Isabel era a possibilidade de pegar aquela criança para criá-la como filha.

“Por questões biológicas, Isabel e Jorge, casados há quase 30 anos, não podiam ter filhos. Então a idealização de Isabel era ter aquela criança como filha. Quando Jéssica começou a querer sair da casa dos acusados, foi impedida pelo trio e mantida em cárcere privado. A vítima chegou a ligar para uma tia (atualmente quem tem a guarda da criança) para pedir ajuda”, explanou Paulo Berenguer (foto ao lado).

Réus falarão durante a tarde

Nesta segunda etapa do julgamento, realizada à tarde no Fórum de Olinda, a acusação – representada pela promotora Eliane Gaia – terá duas horas e meia para apresentar provas, enquanto a defesa também tem o mesmo tempo para tentar convencer o júri formado por sete pessoas. “A defesa ainda pede para apresentar vídeos de algumas testemunhas. Pode ser que demore um pouco mais. Caso se estenda até a noite, é possível que continuemos amanhã”, garantiu a juíza Maria Segunda Gomes.

Assim como a defesa de Isabel, o advogado de Bruna, Rômulo Lyra, tem como meta a absolvição da ré confessa. “Não é uma absolvição de quem não fez nada. Sabemos que ela participou, mas também sabemos que ela foi coagida e dominada por Jorge. Tentaremos a liberdade, mas caso seja condenada, vamos buscar a redução da pena”, garantiu Lyra.

Fonte: IG

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