quinta-feira, abril 10, 2014

Hospital confirma morte de outro preso após incêndio em presídio

Presos morreram após queimar colchões em motim. Pará Icoaraci detentos (Foto: Fábio Costa/Ag. Pará )O preso David Rodrigues da Silva, de 31 anos, morreu na noite da última quarta-feira (9) no Hospital Metropolitano, em Ananindeua, após ser internado com queimaduras
durante um incêndio causado pelos próprios detentos Centro de Detenção Provisório de Icoaraci (CDPI), em Belém, na noite da última terça-feira (8). Com a morte do interno, já chega a sete o número de vítimas fatais do motim na unidade prisional.
De acordo com o Hospital, Silva estava na UTI do Centro de Tratamento de Queimados (CTQ), com queimaduras gravíssimas e não resistiu. A família foi comunicada sobre o fato e atendida pelos serviços de assistência social e psicologia do hospital.
De acordo com boletim médico divulgado pelo Metropolitano nesta quinta-feira (10), 15 presos continuam internados no hospital. O diretor técnico do Metropolitano, Derval Leão, explica que o quadro geral dos pacientes internados entre a ala de graves e gravíssimos é muito delicado. Alguns estão com até 95% do corpo queimado, sendo mais graves os casos dos que têm queimaduras das vias respiratórias pela inalação da fumaça tóxica e quente.
Segundo o médico, o atendimento a esses pacientes está sendo feito de forma intensiva desde o momento da admissão. “O Plano de Contingência aplicado pelo hospital foi fundamental no atendimento desse casos, que chamamos de grandes queimados, que não são apenas as queimaduras extensas na pele. Alguns grandes queimados têm pouca extensão de pele queimadas, mas um alto grau de queimaduras nas vias respiratórias, o que torna seus quadros extremamente delicados”, explica.

Segundo a Superintendência do Sistema Penitenciário do Estado (Susipe), o incêndio começou depois que 32 internos da cela 25 atearam fogo em colchões e objetos pessoais. Homens da Companhia de Operações Especiais (COE) da Polícia Militar foram chamados para controlar a situação. Alguns internos recebem atendimento médico na própria unidade prisional por paramédicos do SAMU. Vinte e cinco detentos com ferimentos de maior gravidade foram encaminhados ao Hospital Metropolitano.

Reprodução Cidade News Itaú via G1

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