terça-feira, abril 22, 2014

Acareação põe cara a cara suspeitas de matar empresário na Grande Natal

Imagens captadas pelas câmeras de segurança mostram duas jovens deixando a casa onde empresário foi morto em Macaíba (Foto: Reprodução/G1)Descobrir quem está mentindo e quem está falando a verdade. É o que a polícia pretende descobrir ao colocar, frente a frente, duas
suspeitas de terem participado diretamente da morte do empresário potiguar Eumar Freire de Farias, de 56 anos, assassinado com golpes de punhal. O crime aconteceu no dia 25 de março em Macaíba, na Grande Natal. A acareação será realizada na manhã desta terça-feira (22) na delegacia da cidade. As suspeitas são uma adolescente de 15 anos e uma jovem de 19 anos. “As duas confessaram o crime, mas não estão contando a mesma história”, afirma o delegado Normando Feitosa. 
Imagens gravadas pela câmera de segurança de um vizinho mostram o momento em que duas garotas deixam a casa do empresário, onde ele foi morto. Uma delas é a adolescente de 15 anos, apreendida no dia seguinte ao assassinato. Na ocasião, o namorado da garota – um menor que tem a mesma idade – e um jovem de 21 anos, ex-namorado dela, também foram detidos. Os dois teriam sido chamados à residência e também teriam participação no crime.
Na delegacia, ainda de acordo com Normando, os dois rapazes negaram envolvimento. “Porém, a menor disse que os dois foram chamados para ajudar na fuga e revelou que eles ainda roubaram alguns pertences da vítima. Um cordão de ouro, um aparelho celular e o dinheiro que estava na carteira do empresário foram levados, o que caracteriza latrocínio (roubo seguido de morte)”, afirma o delegado.
Além de entregar o namorado e o ex-namorado, a adolescente também disse à polícia o nome da jovem que foi com ela para a casa do empresário. A amiga foi presa na noite da última quinta-feira (17) juntamente com a irmã, uma adolescente que também tem 15 anos. Em depoimento, a jovem admitiu que estava na casa, mas acabou inocentado a colega apreendida. “Pior, ela livrou a cara da amiga mas acabou incriminando a própria irmã. Quem está falando a verdade? Será a menor de 15 anos que confessa o crime e diz que estava na casa junto com a jovem de 21 anos? Ou será a jovem de 21 anos que também admite o crime mas diz que estava na casa junto com outra pessoa, que seria a sua própria irmã?”, questiona Normando. “É para isso que faremos a acareação. Alguém está mentindo”, acrescentou.

Empresário Eumar Freire de Farias foi morto nesta quarta em Macaíba, na Grande Natal (Foto: Reprodução/Inter TV Cabugi)Empresário Eumar Freire de Farias foi morto em
casa (Foto: Reprodução/Inter TV Cabugi)
Motivação

Apesar de ter dúvidas quanto à participação das suspeitas no crime e o possível envolvimento dos rapazes e de uma terceira adolescente no local do crime, para o delegado Normando Feitosa a motivação do assassinato está clara. “O empresário foi morto porque teria se recusado a pagar o valor combinado pelo programa. Uma das suspeitas conta que ficou acertado o pagamento de R$ 100, mas no final ele só queria pagar R$ 20. Houve um desentendimento, uma briga e Eumar foi apunhalado. Só nos resta saber qual foi, de fato, a participação de cada ”, ressalta.
A adolescente, o namorado e o ex-namorado dela permanecem detidos. A jovem de 21 anos também continua presa. A irmã da jovem é a única que está em casa. A menor foi entregue aos pais, mas deverá comparecer à delegacia nesta terça para ser novamente ouvida.
Ainda de acordo com Normando, a acareação deve durar toda a manhã e o inquérito deve ser concluído ainda nesta semana e o processo encaminhado para o Ministério Público.

Punhal encontrado ao lado da vítima foi recolhido pelo Itep (Foto: Anderson Barbosa/G1)Punhal encontrado ao lado do corpo de Eumar
(Foto: Anderson Barbosa/G1)
O crime
O corpo de Eumar foi encontrado na tarde do dia 25 de março. "O portão da casa do empresário estava entreaberto e um vizinho acabou vendo o corpo no chão. Daí ele chamou a polícia", disse o delegado de Macaíba.
Ainda de acordo com Normando Feitosa, o empresário já havia trabalhado em uma grande empresa de fabricação de cimento, mas atualmente atuava no ramo de aluguéis de galpões.
Ao lado do corpo da vítima, a polícia encontrou um punhal com manchas de sangue, que foi recolhido para análise pericial.
O juiz Eustáquio José Freire de Farias, irmão da vítima, também acredita que Eumar foi vítima de latrocínio. "Não temos motivos para pensar em vingança ou algo desse tipo", disse o magistrado, titular da 1ª Vara de Precatórias da Comarca de Natal.

Corpo foi encontrado na tarde desta terça-feira (25) (Foto: Heloisa Guimarães/Inter TV Cabugi)

Reprodução Cidade News Itaú via G1

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