Cerca de 150 funcionários dos Correios no Amazonas aderiram à greve nacional da categoria na manhã desta quinta-feira (30), em Manaus. O Sindicato espera que até
De acordo com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios do Amazonas (Sintect-AM), Carlos Clei, o movimento deve encerrar o dia com 250 trabalhadores paralisados somente em Manaus. Segundo a categoria, o estado conta com 1.500 funcionários.
Os trabalhadores reivindicam alterações no novo plano de saúde. "Antes, os funcionários tinham o plano Correio Saúde e só pagavam a taxa se precisassem de serviço. Agora, veio o Postal Saúde que cobra mensalidade, além de trazer prejuízos para os dependentes que não podem ser beneficiados. Então, passamos de beneficiários para associados", disse o presidente do Sindicato.
Outra reivindicação é a mudança dos horários das atividades dos carteiros na capital. Atualmente, os profissionais trabalham internamente pela manhã, e à tarde, vão para às ruas. "O trabalhador sofre com insolação, tem vários problemas de saúde. Se houver mudança nos horários, a população também vai ser beneficiada, porque vai receber as correspondências pela manhã para poder pagar à tarde", ressaltou Carlos Clei.
O carteiro de rua Luiz Carlos Lira, de 28 anos, afirmou ao G1 que a família dele foi prejudicada com as mudanças trazidas pelo novo plano de saúde. "É mais caro, mais burocrático. Se for uma urgência, o funcionário só vai ser atendido com autorização da empresa", disse.
Luiz Lira, que atua na atividade há 12 anos, disse ser a favor da troca de horários para a entrega das correspondências. "O horário da tarde é muito puxado, porque carregamos peso no calor. Teve casos em que alguns carteiros desmaiaram", afirmou o profissional.
Nesta manhã, o movimento na agência dos Correios situada na Rua Mosenhor, no Centro de Manaus, era considerado tranquilo. No local, o microempresário Helder Honorato, de 26 anos, afirmou que não percebeu qualquer interferência da greve nos serviços. "Mas, de qualquer forma, isso acaba prejudicado o pagamento das contas", disse.
De acordo com o Sindicato, todas as agências estão funcionando com quadro reduzido. As pessoas que se sentirem prejudicadas podem procurar as unidades presentes nos bairros da cidade.
Assessoria de Comunicação dos Correios no Amazonas comunicou, por meio de nota, que no estado, menos de 6% do efetivo participou da assembleia ocorrida ontem (29) e apenas 2,84% dos empregados aderiram ao movimento até a manhã desta quinta. Ainda segundo a assessoria, a maior parte dos 35 sindicatos dos Correios não decretou paralisação.
A nota diz ainda que a empresa tem realizado reuniões mensalmente com os representantes dos trabalhadores de todo o Brasil na Mesa Nacional de Negociação Permanente para discutir as reivindicações. "Assim, não há justificativa para paralisações que não representam a vontade da maioria dos empregados dos Correios -- as assembleias realizadas ontem pelos 14 sindicatos contaram com a presença de apenas 1,32% do efetivo da empresa".
Sobre o plano de saúde, os Correios afirmam que "estão cumprindo o que foi definido pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST) no ano passado a respeito do plano de saúde da empresa: todos os benefícios estão garantidos, incluindo dependentes cadastrados, porcentagem de compartilhamento, não cobrança de mensalidade ou tarifas, rede credenciada e cobertura de procedimentos entre outros".
Reprodução Cidade News Itaú
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