quinta-feira, janeiro 30, 2014

Caçamba subiu por problema mecânico, diz delegado que apura acidente na Linha Amarela

O delegado da 44ª DP (Inhaúma), Fábio Asty, tomou, nesta quinta-feira (30), durante mais de quatro horas, os depoimentos de quatro
funcionários da empresa do caminhão que causou o acidente de terça na Linha Amarela. As investigações apontam, segundo Asty, para um problema mecânico que teria causado o levantamento da caçamba que se chocou contra a passarela. No acidente, cinco pessoas morreram.

"Tudo indica que foi mesmo um problema mecânico involuntário", afirmou Asty, que aguarda uma perícia técnica --que deverá ficar pronta até o final da próxima semana-- para a confirmação da sua suposição.

O delegado interrogou o chefe mecânico da empresa Arcos da Aliança, dona do caminhão --ele não teve o nome divulgado. O funcionário confirmou que o acionamento voluntário do levantamento da caçamba com o caminhão em movimento causaria uma grande pane no veículo.

"Segundo o mecânico, seria como estar em movimento a 120 km/h e engatar a marcha ré. Ocasionaria uma pane no sistema de engrenagens do caminhão", disse o delegado.

A investigação também aponta que o motorista do caminhão, Luis Fernando Costa, 30, assumiu por conta própria o risco de trafegar na Linha Amarela em horário proibido para veículos de carga.

"A empresa não tinha conhecimento nem autorizava a utilização da via em horário indevido", disse o delegado.

Foram ouvidos ainda dois motoristas da Arcos da Aliança --um que estava com Costa ao telefone no momento do acidente e outro que havia dirigido o caminhão no dia anterior--, além do chefe mecânico e do gerente operacional da empresa.

O motorista que utilizou o caminhao no dia anterior afirmou que não percebeu nenhum problema. "Ele conta que chegou a acionar o levantamento da caçamba três vezes sem dificuldade", lembra Asty. 

Reprodução Cidade News Itaú

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