sexta-feira, setembro 20, 2013

Mãe suspeita de matar filhas ficará presa até possível julgamento

Mary Vieira Knorr, de 53 anos, é suspeita da matar as filhas (Foto: Reprodução/G1)A Justiça de São Paulo converteu a prisão em flagrante de Mary Vieira Knorr, de 53 anos, em preventiva. A informação foi confirmada nesta sexta-feira (20) pelo Ministério Público e pela defesa da mulher. Dessa forma, a suspeita de matar, na semana passada, as duas filhas adolescentes e o cão da família permanecerá presa até eventual julgamento.
Presa em flagrante no sábado (14) em sua casa no Butantã, na Zona Oeste, Mary teria confessado os crimes a policiais militares e a uma médica. Alterada, teria dito que queria se suicidar e foi levada para um hospital, onde permanece internada e sem previsão de alta.
A hipótese mais plausível para a polícia é a de que a mulher pode ter surtado e, em seguida, asfixiado as irmãs Giovanna, de 14 anos, e Paola Knorr Victorazzo, de 13, e o cachorro. Laudos da Polícia Técnico Científica irão apontar se as vítimas foram esganadas pela mãe ou intoxicadas por gás de cozinha.

Segundo a Polícia Civil, o inquérito será concluído até segunda-feira (23), possivelmente sem o depoimento de Mary. Após ser internada, a mulher foi diagnosticada como portadora de transtorno mental por conta do uso de medicamentos sedativos e hipnóticos. Segundo seu advogado, Lindenberg Pessoa de Assis, ela não está em condições de falar sobre o crime. “Ela está meio inconsciente, se tratando, sedada.”
Apesar disso, o delegado Gilmar Contrera, do 14º Distrito Policial, em Pinheiros, já indiciou a suspeita pelos homicídios. “Para a investigação não restam dúvidas: foi a mãe que assassinou as meninas. As provas são depoimentos de policiais e médicos que ouviram a confissão dela", disse Contrera na quinta (19) ao G1. O policial vai pedir também exame de insanidade mental ao Instituto de Medicina Social e de Criminologia de São Paulo (Imesc).

Paola Victorazzo (Foto: Reprodução / arquivo pessoal)Paola Victorazzo tinha 13 anos 
(Foto: Reprodução/Arquivo pessoal)
O documento pode ser anexado posteriormente à conclusão do inquérito e servirá para a Justiça saber se vai responsabilizar Mary criminalmente ou se a suspeita necessita de tratamento psiquiátrico.
Se a mulher for considerada inimputável (não responde pelos seus atos) ou semi-imputável (tem consciência parcial do que faz) poderá ir a um hospital psiquiátrico. Ela não poderia ficar presa numa cadeia comum, teria de ser submetida a tratamento, onde permaneceria detida até ser curada. Se for considerada imputável pode responder criminalmente pelos assassinatos.
A promotora do caso, Mildred de Assis, disse que aguarda a chegada do inquérito, previsto para ser concluído na segunda. O advogado Assis pretende esperar o resultado do exame de insanidade ou de outros laudos de psiquiatras do Hospital Universitário da USP, onde sua cliente está internada, para pedir a liberdade de Mary.

Reprodução Cidade News Itaú

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