segunda-feira, julho 15, 2013

Presos mortos a golpes de estilete durante rebelião em SP são identificados

Policiais deixam a penitenciária em Itirapina (SP) após rebelião que durou quase 22h e deixou 2 mortos

Os dois presos mortos durante rebelião na penitenciária Dr. Antônio de Queiróz Filho, em Itirapina, distante 212 km de São Paulo, foram identificados nesta segunda-feira (15). Segundo a SAP (Secretaria da Administração Penitenciária), eles foram assassinados a golpes de estilete.

Flávio Roberto da Silva, 32, estava na unidade há um mês e seis dias. Ele havia sido condenado a 16 anos de detenção por furto e outros crimes. Antônio Washington de Souza, 39, cumpria pena no local há um mês e nove dias. Ele foi condenado a 20 anos também por furto e outros delitos.

De acordo com a secretaria, os dois foram mortos a golpes de estilete durante rebelião que começou no domingo (14), por volta das 11h, e durou cerca de 22 horas.

A secretaria não divulgou o que motivou o início do tumulto. Segundo o Estadão Conteúdo, a revolta começou supostamente após uma mulher, que visitava o companheiro, ser barrada durante a revista na portaria. Um funcionário do presídio, que pediu anonimato, disse que o que houve foi um desentendimento entre detentos.

A rebelião terminou às 8h20 desta segunda após negociação entre os presos e a direção da unidade, relata a secretaria. Durante o incidente, 68 parentes de presos, sendo 51 mulheres, sete homens e dez crianças e adolescentes, permaneceram dentro da penitenciária.

"Nenhum funcionário foi feito refém e não houve depredação ao patrimônio público", informou a secretaria por meio de nota. Após a rebelião, homens da Tropa de Choque da Polícia Militar entraram na unidade e realizaram a contagem nominal dos presos.

De acordo com a secretaria, um procedimento foi aberto pela Corregedoria Administrativa do Sistema Penitenciário para apurar o que aconteceu. Ainda segundo o órgão, presos foram transferidos da unidade. "com o objetivo de facilitar a investigação". A secretaria não divulgou a quantidade nem para onde os detentos foram levados.

A penitenciária tem três vezes mais presos do que a capacidade: são 692 detentos em um espaço que comporta 210, segundo a secretaria.

Reprodução Cidade News Itaú

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