Hospital da Mulher acumula dívidas em torno de R$ 4 milhões

O interventor nomeado pelo Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte (TJ/RN) para gerir o Hospital da Mulher Parteira Maria Correia, Marcondes de Souza Diógenes, assumiu ontem suas funções na unidade materno-infantil. Ele tem, como uma de suas missões, quitar as muitas dívidas acumuladas pelo hospital. O presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Laboratórios e Pesquisas dos Hospitais Particulares de Mossoró (Sintrahpam), Luiz Avelino, estima que as dívidas cheguem a R$ 4 milhões.

"A direção do Inase (Instituto Nacional de Assistência à Saúde e à Educação) confirmou que os R$ 2,7 milhões não seriam suficientes para quitar as dívidas porque os funcionários estão sem receber os salários há dois meses. Os médicos não recebem há três meses e muitos fornecedores também estão sem receber os pagamentos por esse mesmo período", destaca Luiz Avelino.

Segundo o presidente do Sintrahpam, o interventor se reuniu com o corpo funcional e disse que todos os compromissos com médicos, funcionários e fornecedores serão honrados. "Ele não deu prazo. No entanto, acreditamos que isso aconteça até o final da próxima semana. Inclusive, ele afirmou que o pagamento dos salários será priorizado", explica.

Mesmo sem prazo definido, os funcionários decidiram suspender o movimento grevista iniciado na última terça-feira. "Os serviços já foram retomados porque recebemos a garantia de que os compromissos serão honrados. O interventor pediu a compreensão de todos até que o hospital consiga sair dessa difícil situação", esclarece Luiz Avelino.

O secretário estadual da Saúde, Luiz Roberto Fonseca, visitou a unidade hospitalar, na última quarta-feira, e assegurou a continuidade dos serviços. "Mossoró e os 62 municípios que dependem da assistência do Hospital da Mulher não podem ficar sem a unidade", disse.

A equipe de reportagem do jornal O Mossoroense entrou em contato com a direção do Inase, mas não obteve êxito nas tentativas.

Reprodução Cidade News Itaú