sexta-feira, março 22, 2013

Henrique Alves: “Governo Rosalba está na metade e é a hora de dar uma sacudida”


O presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves, declarou nesta quinta-feira, durante solenidade de posse dos novos secretários estaduais, que o governo Rosalba Ciarlini (DEM) chegou a sua metade e que é preciso sacudir a administração. O deputado participou da posse dos três novos secretários estaduais, que assumem com a missão de comandar profundas mudanças nos setores de Agricultura, Recursos Hídricos e Saúde.

Em entrevista ao Jornal de Hoje, Henrique defende como “naturais” as alterações no secretariado estadual, citando, como exemplo, a troca de ministros pelo governo federal. No caso de Rosalba, segundo ele, “algumas alterações eram necessárias”. Isso acontece, segundo Henrique, em qualquer governo, esteja ele bem ou não tão bem. “Está aí o exemplo a nível nacional com a presidenta Dilma fazendo alterações em quatro ou cinco ministérios”, disse. Embora o governo Dilma esteja bem avaliado, segundo Henrique, “são adequações que com o tempo se fazem necessárias”.

No que diz respeito ao Rio Grande do Norte, alterar o comando dos setores de Agricultura, Recursos Hídricos e Saúde havia necessidade devido à deficiência registrada nesses setores. Para ele, as deficiências tinham por base problemas na articulação. “Nessas áreas tinham uma deficiência do ponto de vista, a meu ver, de uma maior articulação política. E que agora espero que venha a melhorar”, disse o parlamentar, em entrevista ao Jornal de Hoje.

Para Henrique, não se trata apenas de trocas nomes, já que, na saúde, saiu Isaú Gerino para a entrada de Luis Roberto; na Agricultura deixou o posto Orlando Procópio para a chegada de Junior Teixeira, e nos Recursos Hídricos, foi exonerado Gilberto Jales para a nomeação de Leonardo Rego. Em sua visão, a questão envolve a mudança de postura e do modelo do governo. Neste sentido, ele destacou a necessidade de se estimular os novos secretários, dando liberdade e autonomia para inovarem nos respectivos setores.

“Não é questão de mudar nomes apenas. Isso estimula, revitaliza, mas é questão de postura, de modelo, dar autonomia aos secretários todos para que eles possam ter a liberdade para desenvolver as suas ideias, promover, portanto, as mexidas necessárias, interagir, entre eles próprios e com o povo do Rio Grande do Norte”, continuou Henrique. Sobre as “mexidas necessárias”, destaque-se a possibilidade de troca do comando de alguns cargos.

Neste sentido, são cargos filiados à Agricultura: as Centrais de Abastecimento (CEASA), que atualmente é indicado pelo deputado estadual José Adécio (DEM) e deve permanecer como está; o Instituto de Assistência Técnica e Extensão Rural do (EMATER), que administra o Programa do Leite e deverá receber nova administração, já que o atual diretor, Ronaldo Cruz, já foi avisado e deverá ir trabalhar no gabinete de Betinho Rosado em Brasília; Empresa de Pesquisa Agropecuária (EMPARN), que também poderá mudar de comando; Instituto de Defesa e Inspeção Agropecuária (IDIARN), que também está à disposição.

No caso dos Recursos Hídricos, as empresas públicas e autarquias vinculadas são Companhia de Águas e Esgotos (CAERN) e o Instituto de Gestão das Águas do Estado (IGARN). Já na estrutura da Saúde, são os mais diversos cargos internos e também na direção de hospitais, coordenadorias, e outros.

“Acho que é hora de dar uma sacudida. Porque nós temos o dever de fazer isso. O governo está aí na sua metade, e acho que é um ato de responsabilidade política e administrativa colaborar. Se nós podemos fazer mais, nós faremos mais. Qualquer posição política e eleitoral não é a hora de nem sequer pensar nisso”, acrescentou Henrique.

CONSELHO

Presidente do PMDB potiguar, Henrique disse que, passado o momento das indicações, a partir de agora o Conselho Político, formado pelos líderes do PMDB, do DEM, do PR e da Assembleia Legislativa, deverá ser convidado a se reunir permanentemente. O objetivo, segundo ele, é a troca de informações e experiência.

“Espero que o Conselho seja convidado a se reunir permanentemente. Isso não é uma crítica destrutiva, é uma crítica necessária e construtiva. Permanentemente de atualização, de informação, de troca de experiência. O Conselho Político que tem o privilégio de ter dois ex-governadores como Garibaldi Alves e José Agripino não pode dispensar a colaboração de nenhum dos dois”, afirmou.

Ainda segundo Henrique, para que as mudanças ocorram o governo do Estado deverá conversar muito, ouvir experiências, fazer permanentemente avaliações estratégicas e administrativas. “Esse é o momento do Rio Grande do Norte. Acho que a bancada federal vive um bom momento. Nacionalmente o partido pode dar uma ajuda importante e vamos dar essa colaboração com responsabilidade política e administrativa”, afirmou.



José Agripino: “Governo recebeu reforço político e administrativo”

O presidente nacional do DEM, o senador José Agripino Maia, disse que a partir de agora o governo Rosalba Ciarlini recebe um “reforço político e administrativo”. As palavras do senador foram pronunciadas ontem, durante a posse os secretários, em entrevista ao Jornal de Hoje. “Não é que a partir de agora (as coisas vão acontecer), acho que há um reforço político e administrativo”, disse o senador.

Agripino disse que as indicações dos novos secretários são da base política da governadora Rosalba Ciarlini. “A indicação não é minha, não é de Henrique, não é de João Maia. É da base política. É de um consenso da base política. E são nomes do ponto administrativo da melhor qualidade”.

Indagado qual será o papel do conselho a partir de agora, o líder do DEM no Senado Federal disse que “o Conselho Político existe informalmente”. E que o papel “é de ajudar, ajudar permanentemente”. Sobre as próximas reuniões do conselho, afirmou que não há uma formalidade: “O conselho se reúne o tempo todo, sempre que é preciso para atender aos reclamos do Estado. Mais do que do governo, do Estado”, afirmou.

SECA

Num discurso ainda ontem no Senado, o senador José Agripino criticou a falta de ação do governo federal no que diz respeito à seca que atinge o semiárido brasileiro. Segundo ele, “não tem ajuda para equipamento de poço, transporte de água, não tem ajuda para ração animal, tudo aquilo que é importante que o governo faça enquanto governo federal”.

Segundo José Agripino Maia, a situação poderia estar melhor se o governo da presidente Dilma Rousseff estivesse atuando melhor. “É preciso que aconteça alguma coisa”, afirmou.

Reprodução Cidade News Itaú

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