quarta-feira, janeiro 30, 2013

Preso no hospital, dono da Kiss está destruído, diz médico


Uma operação organizada por amigos retirou de Santa Maria no domingo um dos sócios da boate Kiss e o levou a um hospital particular numa cidade vizinha -de onde não pode ser levado à prisão enquanto não tiver alta.

Elissandro Spohr, 28, que teve prisão temporária decretada anteontem, está internado em Cruz Alta, a 130 km de Santa Maria, sem previsão de alta.
Spohr estava na boate no momento do incêndio e procurou a polícia horas após a tragédia por temer por sua segurança. Amigos, também preocupados, resolveram levá-lo para outra cidade.

Em Cruz Alta, ele permanece em um quarto ao lado da mulher, grávida, que também estava na casa noturna.

O médico Paulo Vieceli, 48, afirma que o empresário inalou fumaça tóxica e precisa ficar em observação.

Também justifica a internação afirmando que Spohr está emocionalmente fragilizado ao extremo.

Spohr, conhecido como Kiko, é considerado preso. Mantido sob a vigilância de policiais, pode ver TV, mas não tem permissão para visitas ou usar o telefone. Não usa algemas.

O médico diz que ele foi para o Hospital Santa Lúcia, em Cruz Alta, porque um amigo em comum o procurou.

"Eles me telefonaram pedindo orientação. Um colega o visitou e viu que ele estava perdendo capacidade de oxigenação. O indicado era a internação, mas lá [Santa Maria] seria impossível.
Nós fomos de ambulância UTI buscá-lo e trouxemos para cá."

Ontem, a delegada Lylian Carus, de Cruz Alta, disse que policiais que fazem a guarda de Sphor impediram o que seria uma tentativa de suicídio do empresário.

'DESTRUÍDO'

Segundo o médico, o empresário chora o tempo todo, recebe sedativos constantemente e está "destruído".

Sphor passaria ontem por uma tomografia para avaliar o estado de seu pulmão. O caso não está computado na lista de vítimas em observação.

A delegada de Cruz Alta, afirma que reforçou a guarda por questões de segurança.

Segundo ela, o empresário aparentava estar bem quando o viu pela primeira vez, mas ontem estava "muito abalado". "Enquanto o médico não der alta, a gente não tira [do hospital]."

O prazo da prisão temporária vence no máximo dez dias após a decretação. O médico disse não estar preocupado se o prazo é "cinco ou sete dias".

Vieceli diz que não sabia quem era Spohr até a tragédia, mas era "conhecido" do outro sócio preso, Mauro Hoffmann.

Reprodução Cidade News Itaú

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