quarta-feira, janeiro 23, 2013

Desvio de água das adutoras provoca desabastecimento em São Pedro e Ielmo Marinho


Ao longo de 20 quilômetros da adutora Monsenhor Expedito, entre os municípios de São Pedro e Ielmo Marinho, a Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte (Caern) registrou por meio de Boletim de Ocorrência cinco ligações irregulares, que retiravam água potável para particulares em detrimento do atendimento de milhares de pessoas que estão nas cidades precisando do líquido. A fiscalização foi feita em dias alternados de dezembro do ano passado e agora no mês de janeiro pela Regional Natal Norte, responsável pelo abastecimento destas cidades.

Além do crime de furto de água, são danificados equipamentos necessários à operação das adutoras que se chamam descargas e ventosas. A construção de adutoras tem o objetivo específico de atender cidades que dependem de mananciais intermitentes. No período da estiagem, elas são fundamentais para levar água potável a regiões que estariam sem condições de atendimento com o esvaziamento ‘dos seus reservatórios.

Infelizmente, muitos proprietários rurais danificam os equipamentos destes sistemas de abastecimento para retirar água potável para atividades como irrigação ou para encher reservatórios privados. A água da adutora recebe tratamento, um processo que exige investimento e atende legislação federal, para atender ao abastecimento humano. Ao usar água que foi tratada para matar a sede das pessoas, para outros fins, os responsáveis pelas ligações clandestinas nas adutoras estão fazendo o uso indevido do produto distribuído.

Ao subtrair um produto destinado a milhares de pessoas com um objetivo particular, os responsáveis por ligações clandestinas estão cometendo crime que fere o Código Penal e também a todos que estão sendo impedidos de receber água potável em razão da existência de “gatos” nas adutoras.

A Caern, responsável pela manutenção e distribuição de água das adutoras no Rio Grande do Norte, encontra corriqueiramente ligações clandestinas em suas fiscalizações em áreas rurais. Por este motivo, as cidades que ficam “no final da linha”, ou seja, as últimas atendidas pelo sistema sofrem com o desabastecimento porque a água que passa pelas tubulações foi projetada para atender a zona urbana dos municípios e não a interesses individuais.

No caso do trecho da adutora Monsenhor Expedito, a cidade de Ielmo Marinho, normalmente é penalizada em função das irregularidades encontradas no sistema de abastecimento. Em outubro e novembro do ano passado, as partes altas de Ielmo Marinho não puderam ser abastecidas em razão da escassez de água da adutora provocados pelos desvios. O trabalho de fiscalização conta com o apoio do Ministério Público do Rio Grande do Norte. É importante que a população contribua denunciando quem está fazendo uso indevido da água das adutoras. As denúncias podem ser feitas aos escritórios da Caern nas cidades. O número do telefone do escritório que atende cada consumidor consta na conta de água.

MOTOS

A Caern adquiriu, em dezembro, 32 motos que estão sendo utilizadas para a fiscalização de adutoras. As novas motos contribuem ainda para a Caern melhorar a manutenção dos sistemas de produção e distribuição de água. A empresa está providenciando os trâmites para realização de outras licitações para aquisição de  equipamentos que garantem o bom funcionamento das adutoras, identificando vazamentos e coibindo desvios.

Reprodução Cidade News itaú

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