terça-feira, janeiro 29, 2013

Boate foi condenada a indenizar jovem por danos morais em 2012


Entrada da boate Kiss (Foto: Felipe Dana/AP)Interior da boate ficou destruído após incêndio
(Foto: Felipe Dana/AP)
A boate Kiss, em Santa Maria, é alvo de processo por danos morais na Justiça. Em 25 de agosto de 2012, a casa noturna foi condenada a indenizar a psicóloga Patrícia Jovasque Rocha, 21 anos, que teria sido obrigada a permanecer no local até as 6h porque havia perdido a comanda. O caso ocorreu em novembro de 2011. Os advogados da boate já recorreram e aguardam a decisão.
No último domingo (27), um incêndio na casa noturna matou 231 pessoas. Ainda há 118 feridos internados em hospitais de Santa Maria, de Porto Alegre e da Região Metropolitana. Até o momento, quatro pessoas foram detidas.
A psicóloga conta que foi furtada dentro da boate em novembro de 2011. “Levaram minha câmera e a comanda. Quando fui avisá-los, o gerente da noite queria me fazer pagar pela multa da comanda e eu argumentei que havia sido furtada. Depois de um tempo de conversa ele me deixou pagar apenas o que eu tinha consumido, mas me fez esperar até o fim da balada, até que todos fossem embora. Foi por isso que decidi entrar com o processo, pelo constrangimento”, disse ao G1.

Em contato com o G1, o advogado que representa a Kiss no processo, Ulysses Funk, nega que tenha havido cárcere privado e que é política da empresa pedir que os clientes esperem no máximo uma hora para verificar a situação da comanda.
Em primeira instância, a juíza Karen Emilia Antoniazzi Wolf condenou o estebelecimento a pagar uma indenização de R$ 10 mil. "A prática da demandada em não liberar seus clientes, quando eles perdem a chamada 'comanda', até que as festividades se encerrem é ilícita e merece reprimenda", escreveu a magistrada no despacho. Ela classificou a  conduta da boate como "abusiva".
Patrícia evita fazer relação entre o incidente e a tragédia. “Foi muito pequeno perto do que aconteceu agora”.  A jovem ressalta que o proprietário da boate em que houve o transtorno não estava no local na data da ocorrência. “Não foi o proprietário. Foi o gerente da noite”, afirmou.
Em reportagem publicada nesta terça (29), o jornal O Globo informou que Elissandro Callegaro Spohr, o Kiko, e Mauro Hoffmann, sócios da boate Kiss, já foram processados judicialmente por outras razões: o primeiro é acusado de agredir clientes em duas ocasiões e ainda de se envolver em um acidente de trânsito com lesão culposa, e o segundo é suspeito de estelionato.
As duas queixas de agressão contra Spohr foram comunicadas pelos próprios clientes da danceteria. Já a ocorrência de trânsito foi encontrada no banco de dados do Departamento Estadual de Informatica Policial (Dinp). Nos arquivos da polícia, o nome de Mauro Hoffmann aparece relacionado a um caso de estelionato, no entanto, a polícia não deu mais detalhes da acusação.

Reprodução Cidade News Itaú

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