terça-feira, janeiro 29, 2013

Assistente de acusação diz suspeitar que coronel da PM planejava morte de namorado de Patrícia Acioli


O assistente de acusação do caso Patrícia Acioli, Técio Lins e Silva, afirmou suspeitar que o coronel Cláudio Oliveira, acusado pelo Ministério Público de ser o mandante do assassinato da juíza, em agosto de 2011, estivesse planejando também a morte do namorado da vítima, o PM Marcelo Poubel.

Poubel fazia parte da escolta da magistrada, que foi retirada pelo próprio Oliveira em função de uma suposta retaliação contra a atuação da vítima no combate à corrupção policial em São Gonçalo, cidade na qual ela era titular da 4ª Vara Criminal.

Lins e Silva questionou o ex-chefe de investigação da DH  (Divisão de Homicídios) a respeito da possível intenção de Cláudio Oliveira. Segundo a testemunha, a DH soube de informações que indicavam que o ex-comandante do 7º BPM plantaria armas com um contraventor, mas não falou a fundo sobre a denúncia.

No início do ano passado, uma pistola usada no crime foi encontrada pela Polícia Federal no Morro São José Operário, em Jacarepaguá, zona oeste do Rio de Janeiro.

Ainda segundo o ex-chefe de investigação da Divisão de Homicídios, Oliveira recebia dinheiro de extorsões feitas pelos policiais do batalhão.

"Os policiais do 7º BPM pegavam dinheiro de traficantes de São Gonçalo e dividiam por dez: nove do Gat e o coronel. O tenente Daniel Benitez era o responsável por dar a parte do Cláudio Oliveira", explicou.

De acordo com o inspetor Ricardo Henrique Moreira, da 72ª DP, que trabalhava com Acioli, os policiais do Gat integravam um grupo de extermínio e se autointitulavam "Bonde dos Neuróticos". Eles sequestravam, extorquiam e matavam pessoas, entre elas traficantes, em São Gonçalo.

Reprodução Cidade News Itaú

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